Uma corte de apelações francesa absolveu a Continental Airlines por responsabilidade no acidente com um Concorde no ano 2000, que matou 113 pessoas. Além disso, absolveu um mecânico da companhia aérea norte-americana da acusação de homicídio involuntário.
O veredicto vem após mais de uma década depois de o acidente ajudar a colocar um fim no avião supersônico. Uma Corte anterior havia determinado que uma pequena tira de metal que caiu na pista de uma aeronave da Continental pouco antes da decolagem do Concorde em Paris foi a responsável pelo acidente.
A Continental inicialmente foi multada em 200 mil euros e recebeu a ordem de pagar à operadora do Concorde, a Air France, um milhão de euros em danos. A Continental contestou o veredicto, classificado por ela como injusto e absurdo.
Welder John Taylor foi absolvido de uma sentença de prisão condicional de 15 meses por ter agido contra as normas da indústria e usado titânio para forjar a peça que caiu do avião.
A Continental, que agora faz parte da United Continental Holdings, havia sido ordenada, de acordo com a decisão original, a pagar 70% de qualquer lesão pagável às famílias das vítimas. A empresa responsável pela Airbus, a EADS, teria de pagar pelos outros 30%.
O acidente acelerou o fim do Concorde --o avião comercial mais rápido da história e símbolo da cooperação franco-britânica --, uma vez que as preocupações de segurança se somaram à desaceleração econômica depois do 11 de setembro e afastaram os clientes abastados.
O Concorde da Air France, levando em sua maioria turistas alemães para um cruzeiro no Caribe, estava decolando em Paris, em 25 de julho de 2000, quando um motor pegou fogo. Deixando uma coluna de chamas, a aeronave bateu em um hotel perto do aeroporto Charles de Gaulle. Todos os 109 passageiros e quatro pessoas em terra morreram.
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