Cerca de 300 mil pessoas tiveram que deixar suas casas na província de Fujian, no sudeste da China, onde o tufão "Matmo", o décimo da temporada que passa pelo território chinês, tocou terra na tarde de quarta-feira (23), informaram nesta quinta (24) as autoridades.
Após as primeiras horas da passagem do ciclone pela China, ainda não há informações sobre mortos, feridos e desaparecidos, mas o forte temporal provocou o corte do fornecimento de energia em mais de 340 mil lares, segundo a agência oficial "Xinhua".
Desde que o tufão tocou terra, às 15h30 locais de quarta (4h30 de Brasília), as autoridades provinciais suspenderam todos os serviços de transporte marítimo e obrigaram todos os barcos pesqueiros a voltarem para o porto.
Também foi interrompida a circulação dos trens nas regiões litorâneas, informaram as autoridades, devido aos fortes ventos de até 126 km/h.
Após chegar a Fujian, o tufão está se movimentando para a direção noroeste, por isso as províncias vizinhas de Jiangxi e Zhejiang estabeleceram medidas preventivas e procederam com a retirada de cerca de 44 mil pessoas até agora.
O tufão Matmo chega à China poucos dias depois de passar por Taiwan, onde deixou dois mortos e um desaparecido. Além disso, especula-se que as más condições do tempo foram a causa do acidente de um voo da companhia TransAsia Airways, que caiu nas ilhas de Penghu quando o avião tentava de fazer um pouso de emergência, causando pelo menos 48 mortes.
O Matmo atingiu o território chinês após a passagem de outro tufão, o Rammasun, que provocou a morte de 56 pessoas e deixou mais de 20 desaparecidos.