A polícia de Uganda confirmou nesta terça-feira (13) que prendeu "várias pessoas" após encontrar um cinto de explosivos não detonado perto da capital, Campala, informou a rede ABC News.
As prisões aconteceram apenas um dia depois dos atentados a bomba que mataram ao menos 74 pessoas em um bar e um clube esportivo de Campala, no último domingo (11). Os ataques, que também deixaram 200 feridos, ocorreram no momento em que centenas de pessoas assistiam à final da Copa do Mundo de futebol.
O grupo militante Al Shabbab, ligado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu a autoria dos atentados. Os rebeldes, baseados na Somália, vinham ameaçando atacar Uganda em represália ao envio de tropas de paz ugandesas, que ajudariam o governo somali a manter a estabilidade na região.
O porta-voz do governo, Fred Opolot, disse que o cinto explosivo foi encontrado em um terceiro local de Campala, que indica que os terroristas planejavam fazer ao menos mais um ataque.
- Prisões foram feitas na noite de ontem (segunda-feira), depois que um cinto explosivo foi encontrado na região de Makindye (bairro de Campala).
Opolot não informou quantas pessoas foram presas ou qual era a origem delas.
O partido de oposição Fórum para Mudança Democrática (FDC) pediu ao presidente Yoweri Museveni que retire os soldados enviados à Somália para fazer parte da força de paz.
O porta-voz do partido, Wafula Oguttu, também afirmou que, se a legenda chegar ao poder nas eleições marcadas para o início de 2011, vai mandar trazer as tropas de volta.
- Não há paz para manter na Somália e Uganda não tem nenhum interessa estratégico lá. Nós estamos apenas sacrificando nossas crianças por nada.