O escritor italiano Umberto Eco, autor de "O Nome da Rosa", morreu aos 84 anos, segundo informações da imprensa italiana.
De acordo com o jornal "La Repubblica", ele morreu às 22h30 (hora italiana), em casa, mas a causa ainda não foi divulgada.
Pensador, filósofo, ensaísta, romancista e crítico literário, Umberto Eco era figura de renome no meio acadêmico e referência em semiótica, mas ganhou sucesso internacional com "O Nome da Rosa", obra adaptada para o cinema em 1986 pelo diretor Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal.
No enredo, ambientado em 1327, um monge franciscano tem a missão de descobrir as misteriosas mortes de sete monges em sete dias.
Seu último livro, "Numero Zero", foi lançado no ano passado e critica o mau jornalismo, a mentira e a manipulação da história.
Uma paródia sobre tempos convulsos, porque "essa é a função crítica do intelectual". "Essa é minha maneira de contribuir para esclarecer algumas coisas. O intelectual não pode fazer nada, não pode fazer a revolução.
As revoluções feitas por intelectuais são sempre muito perigosas", explicou o autor na época à agência de notícias EFE.Um dos semiólogos e intelectuais europeus mais importantes deste século, ele também escreveu obras como "O Pêndulo de Foucault" (1988) e "O Cemitério de Praga" (2010), além de ensaios "O Problema Estético" (1956), "O Sinal" (1973), "Tratado Geral de Semiótica" (1975) e "Apocalípticos e Integrados" (1964), referência nos cursos de comunicação em todo o mundo.
Umberto Eco nasceu em Alexandria, na Itália, no dia 5 de janeiro de 1932. Em 1988, ele fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino. Desde 2008 era professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha.