Um uruguaio de 18 anos foi preso após disparar três vezes em um hospital particular da cidade de Paysandu, sem causar vítimas. De acordo com a polícia, o jovem deu várias versões para o ocorrido e, segundo uma delas, ele queria imitar o autor do massacre que matou 20 crianças e 6 adultos da sexta-feira (14) em uma escola de Newtown, Estados Unidos.
Fontes da polícia de Paysandu, cidade localizada a 378 a noroeste de Montevidéu, disseram neste domingo (16) que o incidente aconteceu no sábado às 9h (horário local, 10h de Brasília) e que graças à "rápida" intervenção dos agentes, que em poucos minutos chegaram ao local e renderam o jovem, "não houve ferido".
O agressor é filho único de uma família de Paysandu, cursava estudos na Universidade do Trabalho do Uruguai e era um "bom estudante", assinalaram as fontes.
"Tirava boas notas mas não se integrava com os demais, sempre estava em seu mundo", explicaram.
A versão da polícia indica que o especialista legista que o examinou após o incidente determinou que ele sofre "de uma crise de delírio severa".
Tanto é assim que chegou a dar várias versões diferentes sobre o motivo de sua ação, uma delas que "quando viu o que aconteceu nos Estados Unidos, pensou que tinha que fazer o mesmo".
Por esse motivo, disse o estudante uruguaio, ele se dirigiu às instalações da universidade, mas ao dar-se conta que estavam fechadas por ser sábado, caminhou quatro quadras até o prédio de uma clínica particular.
Entrou no banheiro e fez um primeiro disparo para se assegurar que a arma funcionava. O segundo disparo foi contra um policial aposentado que se aproximou da área onde estava o jovem e de quem a bala passou muito perto da cabeça.
O terceiro foi contra o teto, enquanto os pacientes da clínica deixavam assustados o lugar e instantes antes de a polícia chegar e o deter.
Em uma segunda declaração o jovem uruguaio afirmou que sua intenção era na realidade se suicidar e em uma terceira "também disse que era um discípulo de Bin Laden, que ele está vivo e que continua enganando a todos", segundo as autoridades.
"Cada vez que é interrogado diz outra coisa", acrescentou a polícia.
O jovem foi levado a uma clínica psiquiátrica após sua detenção e permanecerá lá "durante uma semana com custódia policial" até determinar seu estado de saúde mental.