Uruguaio de 18 anos abre fogo em hospital e cita atirador dos EUA

Ele mencionou Bin Laden e queria repetir atirador que matou 26 nos EUA.

Uruguaio de 18 anos foi preso após abrir fogo em um hospital particular. | Reprodução
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Um uruguaio de 18 anos foi preso após disparar três vezes em um hospital particular da cidade de Paysandu, sem causar vítimas. De acordo com a polícia, o jovem deu várias versões para o ocorrido e, segundo uma delas, ele queria imitar o autor do massacre que matou 20 crianças e 6 adultos da sexta-feira (14) em uma escola de Newtown, Estados Unidos.

Fontes da polícia de Paysandu, cidade localizada a 378 a noroeste de Montevidéu, disseram neste domingo (16) que o incidente aconteceu no sábado às 9h (horário local, 10h de Brasília) e que graças à "rápida" intervenção dos agentes, que em poucos minutos chegaram ao local e renderam o jovem, "não houve ferido".

O agressor é filho único de uma família de Paysandu, cursava estudos na Universidade do Trabalho do Uruguai e era um "bom estudante", assinalaram as fontes.

"Tirava boas notas mas não se integrava com os demais, sempre estava em seu mundo", explicaram.

A versão da polícia indica que o especialista legista que o examinou após o incidente determinou que ele sofre "de uma crise de delírio severa".

Tanto é assim que chegou a dar várias versões diferentes sobre o motivo de sua ação, uma delas que "quando viu o que aconteceu nos Estados Unidos, pensou que tinha que fazer o mesmo".

Por esse motivo, disse o estudante uruguaio, ele se dirigiu às instalações da universidade, mas ao dar-se conta que estavam fechadas por ser sábado, caminhou quatro quadras até o prédio de uma clínica particular.

Entrou no banheiro e fez um primeiro disparo para se assegurar que a arma funcionava. O segundo disparo foi contra um policial aposentado que se aproximou da área onde estava o jovem e de quem a bala passou muito perto da cabeça.

O terceiro foi contra o teto, enquanto os pacientes da clínica deixavam assustados o lugar e instantes antes de a polícia chegar e o deter.

Em uma segunda declaração o jovem uruguaio afirmou que sua intenção era na realidade se suicidar e em uma terceira "também disse que era um discípulo de Bin Laden, que ele está vivo e que continua enganando a todos", segundo as autoridades.

"Cada vez que é interrogado diz outra coisa", acrescentou a polícia.

O jovem foi levado a uma clínica psiquiátrica após sua detenção e permanecerá lá "durante uma semana com custódia policial" até determinar seu estado de saúde mental.

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