Um estudo publicado nesta quinta-feira (25) na revista médica britânica "The Lancet" confirmou que o vírus H7N9, que causou a morte de pelo menos 22 pessoas na China, realmente se origina nas aves e não há nenhuma evidência da transmissão do vírus entre humanos.
"Cientistas na China confirmaram pela primeira vez que o vírus da gripe A H7N9 foi transmitido por aves, especialmente frangos em um mercado de aves, para o homem", indicou em um comunicado o periódico científico.
Depois de uma análise genética do vírus H7N9 encontrado em pessoas doentes e em comparação com o vírus encontrado em uma galinha retirada de um mercado de aves, "os pesquisadores concluíram que as semelhanças entre os vírus isolados sugerem uma transmissão esporádica das aves para pessoas", de acordo com a revista.
A vigilância médica das pessoas que estiveram em contato com pessoas infectadas com o vírus não indicou nada. Ausência de sintomas foi observada nestas pessoas, 14 dias após o início do monitoramento, "sugerindo que o vírus não é atualmente capaz de se transmitir entre seres humanos", indica a revista.
Um dos autores do estudo, o professor Kwok-Yung Yuen, da Universidade de Hong Kong, disse em um comunicado: "No geral, as evidências em termos de epidemiologia e virologia sugerem que a transmissão ocorre apenas de aves para os seres humanos e o controle (da epidemia entre os homens) dependerá do controle da epidemia em aves".
O vírus H7N9 foi considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos vírus mais letais da gripe. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (24) por um membro da entidade que foi à China para investigar a doença, identificada pela primeira vez em um ser humano há algumas semanas.
No total, 108 pessoas foram infectadas com o vírus da gripe aviária, 22 morreram, dessas uma alta proporção de pessoas idosas, segundo um novo relatório.