As autoridades chinesas confirmaram nesta quarta-feira (21) a morte de outras 21 pessoas por causa das inundações registradas na província de Qinghai. Com as novas vítimas, passa de 150 o número de mortes em todo o país desde o último dia 16 de agosto.
As mortes confirmadas em Qinghai eram de trabalhadores de obras de reparação. Eles foram surpreendidos pelas cheias na região autônoma de Haixi, habitada pelas etnias mongol e tibetana. As equipes de resgate continuam em busca de três desaparecidos.
Além das mortes registradas em Qinghai, 85 pessoas morreram e outras 102 seguem desaparecidas no nordeste da China, onde os transbordamentos dos rios Amur, Ussuri e Songhua (próximos à Rússia) causaram as piores inundações na região desde 1995.
Qinghai e o nordeste da China não sofrem inundações todos os anos, assim como ocorre no sul do país, onde pelo menos 49 pessoas morreram pelas fortes chuvas causadas pela passagem do tufão "Utor" em Cantão, Guangxi e Hunan.
Os desastres naturais em questão fizeram com que o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Keqiang, enviassem milhares de soldados do Exército às regiões afetadas para atender aos desabrigados, que já superam os 3,4 milhões, e atenuar novas cheias.
Mais de 500 mil pessoas foram retiradas das regiões mais castigadas, enquanto a televisão nacional mostrou imagens de povoados inteiros submersos nas águas e moradores trafegando pelas ruas com botes.
Os meteorologistas advertem sobre uma possível piora da situação, pelo menos na região meridional, já que a costa sudeste da China espera a chegada de um novo tufão.