Vladimir Putin descarta viajar ao Rio para o G20: 'Prejudicaria o trabalho'

Apesar da decisão, o presidente russo manteve a posição oficial do Kremlin e afirmou que não reconhece o Tribunal Penal Internacional.

Putin | Reprodução
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que não comparecerá à cúpula do G20, marcada para o próximo mês, nesta sexta-feira (18).

A decisão vem quatro dias após o procurador-geral da Ucrânia solicitar às autoridades brasileiras que cumprissem o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional em março de 2023, caso ele participasse do evento, que ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro. Putin, portanto, decidiu não participar.

"Minha possível visita prejudicaria o trabalho do G20. Vamos descobrir quem apresentará a Rússia".

Apesar da decisão, o presidente russo manteve a posição oficial do Kremlin e afirmou que não reconhece o Tribunal Penal Internacional. Ele também disse que a Rússia tem "boas relações com o Brasil" e um acordo poderia ser assinado para "contornar o veredito", já que "tais vereditos são fáceis de ignorar".

As declarações do presidente russo foram dadas durante uma sessão de perguntas e respostas com repórteres das principais organizações de mídia dos países do BRICS, que terá uma cúpula dos líderes sediada no país na próxima semana.

Na coletiva, Putin também falou sobre um relatório que revela um suposto arsenal nuclear na Ucrânia e disse que a possibilidade é uma "provocação muito perigosa".

O presidente russo garantiu que suas tropas estão preparadas para continuar lutando até garantirem a vitória no conflito, que "quer paz duradoura" na Ucrânia e acusou a Otan de estar usando tropas ucranianas em uma luta contra a Rússia.

Putin ainda falou sobre a proposta conjunta da China e do Brasil para acabar com a guerra na Ucrânia, apresentada em maio: disse que era "equilibrada" e forneceria uma boa base para encontrar uma solução.

O texto pede a redução da tensão e a retomada do diálogo direto sem exigir que a Rússia retire suas forças do território ucraniano. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeitou a iniciativa por servir aos interesses de Moscou.

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