Mais de 200 investidores institucionais, que têm juntos US$ 16 trilhões em ativos sob gestão, incluindo a Amundi, maior gestora de recursos da Europa, pediram às empresas que implementem políticas contra o desmatamento em suas cadeias de fornecimento.
No comunicado , o grupo de 230 instituições - que reúne bancos como o BNP Paribas e grandes fundos de pensão, como o sistema de aposentadoria dos funcionários públicos da Califórnia - afirma que acompanhou com grande preocupação a "escalada da crise de desmatamento e queimadas no Brasil e na Bolívia".
E que, como investidores, visando os interesses de longo prazo de seus clientes, consideram crucial o papel desempenhado pelas florestas tropicais em evitar os efeitos das mudanças no clima e proteger a biodiversidade do planeta.
“O desmatamento e a perda de biodiversidade não são apenas problemas ambientais”, disse, no comunicado, Jan Erik Saugestad, presidente da Storebrand Asset Management e um dos investidores. “Existem efeitos econômicos negativos significativos associados a essas questões e que representam um risco que nós, como investidores, não podemos ignorar.”
Os investidores pedem às empresas nas quais eles investem que apresentem uma política contra o desmatamento com compromissos claros que abranjam toda a sua cadeia de fornecimento.
Também pedem que as companhias estabeleçam um sistema de monitoramento para que os fornecedores cumpram essa política. Outra exigência é a divulgação de relatórios anuais sobre a exposição ao risco de desmatamento.