Investimento em energia solar cresce no Piauí

O Estado dispõe de uma das maiores incidências de raios solares do Brasil, em praticamente todos os dias do ano.

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O investimento em energia solar fotovoltaica vem crescendo no Piauí e é a melhor alternativa para reduzir a conta de energia. Um exemplo de redução vem da Igreja de São Gonçalo, em Batalha: as 36 placas de energia solar garantem a energia para o templo e reduziram a conta de energia em 95%. O engenheiro eletricista, Raione Furtado, falou sobre o assunto durante o Programa Banca de Sapateiro, na segunda-feira (23), e explicou que a demanda de consumo nesse tipo de energia já coloca o Estado em 15° no país. Segundo ele, o investimento é compensatório, mas é preciso conhecer as regras de autogeração para evitar problemas.

Teto da Igreja do município de Batalha | Crédito: Efrém Ribeiro

O padre Oscar Nascimento, em entrevista ao Jornal Meio Norte, afirmou que após a implantação das placas solares, a conta de consumo de energia caiu de R$ 1,2 mil mensais para R$ 123,00, o que gera uma economia de cerca de R$ 900,00 a R$ 1 mil por mês. Muitos consumidores têm dúvidas se podem obter esse tipo de energia em sua unidade residencial. Para  Raione Furtado, o investimento dá retorno.

"Qualquer consumidor pode adquirir um sistema de energia solar, porque é viável e vai atender suas necessidades. Tendo sol, as placas podem ser colocadas, o que será preciso é que a empresa que instala as placas faça uma visita prévia para conferir a posição do telhado, qualquer local que tenha incidência solar vai ser um local propício para geração, assim conseguimos fazer que a conta caia radicalmente até 95%", disse.

O Piauí já superou alguns entraves regulatórios e tecnológicos em relação ao uso da fonte. A geração distribuída, que permite conectar a energia solar à rede elétrica, gera créditos na conta. O engenheiro observa que é preciso conhecer as regras de autogeração para evitar problemas com a concessionária de energia elétrica.  No exemplo, a igreja tem um conversor que joga a energia solar na rede de energia elétrica da companhia Cepisa Equatorial. "Quando as pessoas colocam um sistema desses, elas terão a obrigação com a concessionária, ou seja, ele pagará um valor mínimo, como por exemplo numa residência comum. A energia solar é gerada durante o dia e boa parte consumida na sua residência, o que o consumidor não consome, o que excedeu vai para o medidor de energia diferente, que será compensado com concessionária, o que equivale a um crédito na conta de luz", explica. 

 Engenheiro eletricista, Raione Furtado | Crédito: José Alves Filho

No caso de apartamentos, o uso de energia solar também é compensatório. "Temos duas formas, instalamos no telhado dos prédios essa geração do consumo ou colocamos no telhado e rateamos para cada morador", conta Raione.

Redução da conta pode chegar a 90%

O engenheiro avalia que o investimento para quem mora no Piauí é viável, porque o Estado dispõe de uma das maiores incidências de raios solares do Brasil, em praticamente todos os dias do ano. "Dependendo do tipo de residência ou empresa, a instalação das placas para uma residência de até 5 pessoas pode variar de R$ 13 a 14 mil, e ser financiada em uma linha de crédito no banco em até 5 anos, com isso tem a possibilidade de ter um retorno rápido na redução da conta, que pode chegar a 90%", detalha o engenheiro.

A queda nos custos do equipamento é outro fator que amplia a compra de placas. Desde 2012, o governo vem ampliando o direitos aos consumidores adquirirem os sistemas residenciais. Isso torna viável ao impacto ambiental e face ao aumento das tarifas de energia elétrica, que já chega a 11% em 2019, e pode fechar o mês de outubro a 33% de aumento, por conta da tarifa vermelha, um pesadelo no B-R-O-Bró por uso intensificado de ar-condicionado e o reforço na refrigeração. (V.P.)

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