Segundo grande parte dos dicionários existentes, cor é a impressão que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da vista ou coloração ou tonalidade que algo apresenta, geralmente por oposição ao branco e ao preto. Seja qual for o significado, as cores sempre despertam sentimentos dentro das pessoas.
Passeando pelas ruas de Teresina, por exemplo, de longe já é possível avistar, em meio ao verde que predomina na vegetação e ao céu azul da cidade, os tons de roxo, branco e amarelo, que começam a aparecer logo após o meio do ano, na conhecida e esperada florada dos ipês. Essas cores estão dispostas em vários pontos da capital e são consideradas patrimônios naturais, que deixam Teresina ainda mais colorida.
Na época em que os ipês se enchem de flores, não há quem não perceba a existência da árvore, já que, felizmente, ela é abundante na cidade. Com flores intensamente coloridas ainda nos galhos das árvores ou já espalhadas pelo chão, a beleza contagia todo mundo.
“São eles que avisam que o calor está chegando, mas, apesar disso, tornam a cidade ainda mais linda, transformam a paisagem e nos dão orgulho por ser um patrimônio daqui”, comenta a jornalista Marília Andrade.
A árvore do ipê é alta e no período da floração fica sem nenhuma folha. Estas dão lugar às flores de diversos tons, que embelezam as paisagens das cidades. O ipê floresce de julho a setembro e frutifica em setembro e outubro. No inverno, porém, a árvore se apresenta totalmente despida de folhas e flores.
De acordo com Ravenna Santos, graduada em Ciências Biológicas e pós-graduada em Gestão Ambiental pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi), a espécie é originária do Brasil e pertence ao gênero Tabebuia. Suas espécies podem ter flores amarelas, brancas ou roxas.
“A árvore, também conhecida vulgarmente como pau d’arco, pode atingir até 25m de altura. A espécie prefere solos úmidos, não muito ondulados e abrange locais de clima tropical”, explica Ravenna Santos, ao frisar que qualquer pessoa pode ter um ipê em casa.
“Se o terreno for grande, não tem muitos problemas para cultivá-lo. Mas o espaço precisa ser grande, pois os ramos da árvore são grossos, tortuosos e compridos, além das raízes serem profundas”, acrescenta.