O irmão do adolescente de 17 anos que morreu no último sábado (20) vítima da paracoccidioidomicose, conhecida como a “doença do tatu”, já está na residência dos pais na zona rural do município de Simões, a 426 km de Teresina. Ele estava em Teresina para a realização de exames após também contrair a micose sistêmica e voltou para casa, onde segue sendo observado.
A informação foi repassada ao Meionorte.com pelo prefeito do município Zé Wlisses. O gestor informou que o adolescente de 14 anos fará uma nova avaliação daqui há 30 dias e ficará sendo observado de casa, caso sinta algum outro sintoma relacionado a doença do tatu. Além disso, um amigo deles ainda segue internado no Hospital Regional Justino Luz, em Picos, em uma semi UTI.
“Ele está bem, está em uma sala semi intensiva no Justino Luz. O irmão do jovem que morreu voltou ontem para a casa dos pais, na zona rural de Simões. Ele tem algumas lesões, lesões nos pulmões, mas é coisa mínima. Só está internado esse outro, que é colega e andava mais eles. Foi história de caça, a verdade é essa, que é até proibido. Na verdade eles nem pegaram nada, só acharam o buraco e a doença do tatu”, disse o prefeito.
A associação da doença do tatu com o animal acontece porque o homem ao caçá-los, entram em contato com suas tocas, onde o solo pode estar contaminado pelo fungo. A doença não é transmitida por animais ao homem, nem é transmitida de uma pessoa para a outra. A transmissão é sempre pela inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco).
A pessoa infectada com a doença do tatu pode apresentar lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, linfonodomegalia (ínguas ou landras), comprometimento pulmonar, emagrecimento, podendo, inclusive, manifestar a forma grave, levando a morte.