O congresso, intitulado “The Use of Technology to Promote Road Safety: The Brazilian Experience”, aconteceu na ultima sexta-feira (27) na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. O evento fez um balanço de dois anos de obrigatoriedade do exame toxicológicos para motoristas categorias C, D e E.
O exame obrigatório para os motoristas brasileiros categoria C, D e E de condução completou dois anos em março. A obrigatoriedade é prevista pela Lei Federal 13.103/15 tem ajudado a combater o uso de substâncias proibidas durante a direção de veículos. A declaração é do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro, ITTS.
O evento contou com a presença do embaixador Mauro Vieira, autoridades brasileiras como o deputado federal do Rio de Janeiro, Hugo Leal, e o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso.
De acordo com o ITTS, a análise em laboratório é parte da primeira política pública de prevenção ao uso de drogas desde a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, e teria ajudado a remover mais de 1 milhão de motoristas que abusam de substâncias das ruas do país.
O congresso “O uso da tecnologia para promover a segurança nas estradas, a experiência brasileira” será aberto pelo presidente do Itts, Márcio Liberbaum. Discursam também o diretor do Denatran, Maurício Alves, e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias.Durante o evento, será apresentados o número de mortos e feridos nas estradas brasileiras durante os primeiros 24 meses desde a entrada em vigor da lei. Os organizadores afirmam que com a nova lei e a obrigatoriedade do exame, o número de acidentes com caminhões em rodovias federais teria baixado em 38%.
Numa recente entrevista à ONU News, o deputado Hugo Leal, que preside a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, afirmou que o Brasil ainda tem um caminho a percorrer para combater com mais eficiência as mortes em suas rodovias. Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária revelam que mais de 40 mil pessoas perdem a vida nas estradas brasileiras todos os anos.
O Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS) é uma organização civil sem fins lucrativos, que congrega empresas, instituições e profissionais das mais diferentes áreas de conhecimento, com o objetivo de criar consciência coletiva sobre a necessidade do desenvolvimento de medidas multidisciplinares que contribuam para a prevenção de acidentes de trânsito.
Por meio de um Conselho Consultivo, formado por especialistas e autoridades capazes de legitimar e promover a luta por um trânsito mais seguro, o ITTS pretende incentivar o debate público e a conscientização coletiva sobre este importante tema, de forma que as autoridades do sistema de trânsito brasileiro possam estabelecer políticas públicas eficazes e permanentemente atualizadas, promovendo um trânsito seguro