O presidente Jair Bolsonaro assinou durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (25) o decreto que revoga o horário de verão. Durante o ato, o presidente disse que a medida segue estudos que analisaram a economia de energia no período e como o relógio biológico da população é afetado. Com informações do G1.
Bolsonaro já havia anunciado no início de abril a decisão de acabar com o horário de verão neste ano. Neste período do ano, que costumava durar entre outubro e fevereiro, parte dos estados brasileiros adiantava o relógio em uma hora.
Ele enfatizou o fato da decisão ter sido tomada por meio de um decreto presidencial, sem necessidade de aprovação do Parlamento.
O presidente destacou a ”dificuldade de um parlamentar aprovar uma lei”, o que considera ser “muito difícil, quase como ganhar na Mega Sena”.
"Muitas vezes, um decreto tem um poder enorme, como este assinado aqui, agora. A todos os senhores [parlamentares], os demais que estão nos ouvindo, o governo está aberto. Quem tiver qualquer contribuição para dar via decreto, via novo decreto ou via alteração de decreto, nós estamos à disposição dos senhores”, completou.
Na cerimônia desta quarta-feira para anunciar o decreto, o presidente informou que a área técnica do Ministério de Minas e Energia apresentou estudos sobre a economia de energia gerada pelo horário de verão. Segundo Bolsonaro, “gente da área de saúde” também foi procurada para apontar como o horário afeta o relógio biológico das pessoas.
“As conclusões foram coincidentes: questão de economia, o horário de pico era mais pra 15h, então não tinha mais a razão de ser [da permanência do horário], não economizava mais energia; e na área de saúde, mesmo sendo uma hora apenas, mexia com o relógio biológico das pessoas”, disse.
"Justo anseio da população brasileira [o fim do horário de verão]. Eu concordo que eu sempre reclamei do horário de verão. E tive a oportunidade, agora, atendendo às pesquisas que fizemos, também, que mais de 70% da população era favorável ao fim do horário de verão", afirmou Bolsonaro.
Para o presidente, se não se alterar o "relógio biológico, com toda certeza, a produtividade do trabalhador aumentará".
No início do mês, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou que o Ministério de Minas e Energia fez uma pesquisa segundo a qual 53% dos entrevistados pediram o fim do horário de verão.
De acordo com a pasta, por outro lado, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão.