O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). afirmou que “violência se combate com violência”, e não com bandeiras de direitos humanos, como as defendidas pela Anistia Internacional.
Questionado sobre um levantamento da organização que mostrou que a polícia brasileira é a que mais mata no mundo, Bolsonaro se irritou e disse que ainda é pouco diante da criminalidade que impera no país.
“Eu acho que essa Polícia Militar do Brasil tinha que matar é mais. Quase metade dessas mortes são em combate, em missão. Então, a Anistia Internacional está na contramão do que realmente precisa a segurança pública do nosso país”, afirmou o parlamentar do PP.
Dados da 9ª edição do Anuário de Segurança Pública mostram que 3.022 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2014 – uma média de oito por dia. O número é maior, por exemplo, do que o número de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA.
A letalidade policial é um dos elementos que levam o país a ser mais mortal do que nações que vivem conflitos bélicos, com 56 mil homicídios anuais. Para Bolsonaro, é preciso “dar segurança jurídica” para que a polícia possa trabalhar, matando se for necessário.
“Eu tenho um projeto aqui na Câmara, se alguém está roubando uma bicicleta, se eu atirar naquele vagabundo, eu não respondo por crime nenhum. Eu não sou mais passível de ser punido. Tem que ser assim, caso contrário, cada vez mais, esse pessoal vai mudando o nível, começa a roubar lá em baixo, até que começa a roubar a Petrobras com Dilma apoiando”, emendou o deputado.
Questionado sobre um episódio registrado em São Paulo recentemente, quando um PM foi filmado jogando um suspeito de ter cometido um roubo do telhado de uma casa, Bolsonaro disse: “Tinha que ser um prédio, ok? Infelizmente foi de uma casa. O vagabundo respeitando o policial, não vai virar esse tipo de ações, pode ter certeza”.
Muito bem votado nas últimas eleições, em 2014, Bolsonaro estuda deixar o PP e se filiar a outro partido (o PSC, do Pastor Everaldo e de Marco Feliciano) para tentar uma candidatura à Presidência da República, em 2018.