O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) assinou nesta sexta (2) uma lista com 24 nomes da equipe de transição, disse o deputado federal e futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni ao sair de uma reunião na casa do político, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).
Com uma pasta azul na mão, Lorenzoni não deu detalhes sobre as pessoas escolhidas. “Os nomes estão todos aqui, todos assinados por ele para serem levados. Estarão publicados no Diário Oficial de segunda (5) à noite.”
“Este é o momento de falar pouco e trabalhar muito”, repetiu ele, confirmando que Bolsonaro viaja na terça (6) para Brasília, se encontra na quarta (7) às 16h com o atual presidente Michel Temer (MDB) no Palácio do Planalto e volta na quinta (8) para o Rio de Janeiro.
Sobre a formatação dos novos ministérios, Lorenzoni disse que tudo ainda está em estudo por Bolsonaro. “Ele ainda não me definiu. Eu levei os desenhos esquematicamente, o que cada um tem ou não tem, e ele vai ver”, afirmou sobre uma eventual junção das pastas da Agricultura e Meio Ambiente.
Nesta quinta (1º), Bolsonaro recuou e disse em entrevista a televisões católicas que, “pelo que tudo indica”, os dois ministérios permanecerão separados e a pasta ambiental será comandada por alguém que não seja “xiita” na defesa do ambiente.
A fusão, anunciada dois dias antes e defendida na campanha, foi criticada tanto por ambientalistas quanto por setores do agronegócio. Também recebeu oposição dos atuais ministros do Meio Ambiente, Edson Duarte, e da Agricultura, Blairo Maggi, e de oito ex-ministros do Meio Ambiente.
“Não tem nenhuma decisão ainda. Isso tudo ele vai definir na sequência. Nós temos quantos e quantos dias até ele tomar posse?”, respondeu Lorenzoni acerca da possibilidade de juntar o Ministério Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), órgão de controle interno do Governo Federal à Justiça —cujo comando foi aceito pelo juiz federal Sergio Moro nesta quinta.