Após as suas críticas à Parada Gay de São Paulo, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) viu voltar à tona uma passagem polêmica envolvendo a sua atuação evangélica. Um vídeo de 2013 do parlamentar voltou a viralizar nas redes sociais.
Nele, Feliciano decreta: “O meu Jesus não foi feito pra ser enfeite de pescoço de homossexual. Nem de pederasta, nem de lésbica”.Em uma versão mais estendida do mesmo vídeo, Feliciano se refere ao catolicismo como ‘uma religião morta’.
Feliciano foi um dos nomes da Bancada Evangélica a tomar à frente das críticas contra a Marcha do Orgulho LGBT, a qual contou com uma travesti encenando a crucificação de Jesus. A imagem revoltou os setores mais conservadores, os quais na Câmara dos Deputados chegaram a promover um ato de repúdio que virou meme e uma reza do Pai-Nosso.
Do outro lado, o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) voltou a criticar Feliciano pelo que chamou de ‘fraude’ em suas postagens mais recentes. “Como vocês podem ver no vídeo, onde não há qualquer resquício de preocupação com a simbologia da cruz, especialmente para o catolicismo. Assistam e me digam se não é uma hipocrisia ainda reclamarem de ‘Cristofobia’ (sic)”, escreveu no Facebook.
Feliciano já defendeu, também em 2013, a morte do músico britânico John Lennon, dos Beatles, por sua suposta ‘afronta a Deus’. “Ninguém afronta a Deus e sobrevive para debochar”, sentenciou.
Com a proposta de um projeto de lei para criminalizar o que Feliciano e a Bancada Evangélica chamam de ‘Cristofobia’ – o qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já pediu urgência –, as polêmicas parecem estar distantes do fim.