Jogador suspeito de matar ex-namorada já fez campanha contra feminicídio

Giovanni Padovani passou por uma audiência nesta sexta-feira e teve sua prisão preventiva decretada

Giovanni Padovani e Alessandra Matteuzzi, | Reprodução-Instagram
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O jogador de futebol Giovanni Padovani, de 27 anos, que foi preso acusado de matar a marteladas e tacos de beisebol a ex-namorada, Alessandra Matteuzzi, de 56 anos, participou de uma campanha contra a violência de gênero, que inclui o feminicídio, em novembro do ano passado. 

Giovanni Padovani é acusado de matar a ex-namorada com marteladas e taco de beisebol

Padovani passou por uma audiência nesta sexta-feira e teve sua prisão preventiva decretada. Ele, que perante o juiz optou por não responder as questões que foram feitas, está preso em Bolonha, na Itália.

Quando ainda jogava no ASD Troina, quarta divisão italiana, Padovani compartilhou a campanha no seu perfil das redes sociais em que dizia: "o Troina diz não à violência de gênero" e "pare a violência contra as mulheres".

O casal estava separado desde janeiro, após ter um relacionamento de cerca de um ano marcado por ciúme e comportamentos abusivos. A vítima já tinha denunciado o jogador por perseguição no final de julho.

Segundo a imprensa local, Padovani saiu da Sicília, onde atua pelo Sancataldese, time da série D, e se dirigiu até Bolonha para abordar Alessandra. Ela  conversava ao telefone com sua irmã, Stefania, quando foi surpreendida pelo assassino. 

Stefania ouviu toda a ação violenta e chamou a polícia para o local. Alessandra ainda foi encontrada com vida, mas morreu no hospital.

— Ela saiu do carro e começou a gritar: 'Não Giovanni, não, eu te imploro, socorro!' Eu estava ao telefone. Liguei imediatamente para os policiais, que chegaram logo. Moro a 30 km. Ele a espancou até a morte — disse a irmã a emissora local TGR Emilia Romagna.

Testemunhas relataram que Padovani usou até um taco de beisebol que ficava na portaria para agredir a vítima. Alessandra já havia pedido a vizinhos que não deixassem Padovani entrar no local.

— Ele exercia controle obsessivo sobre a vítima. Ele a mantinha sob controle à distância, muitas vezes pedindo que ela enviasse fotos e vídeos do local onde estava, as vezes a cada 10 minutos, movido por ciúme. Em algumas situações também pediu que ela filmasse o horário de onde estava para verificar se estava falando a verdade — revelou o advogado da família de Alessandra , Giampiero Barile , ao jornal il Resto del Carlino.

A Ministra da Justiça Marta Cartabia determinou a abertura de um processo para apurar se autoridades deixaram de tomar as medidas cabíveis para proteger a vítima após a denúncia dela contra o ex-namorado. 

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