O concurso do Itamaraty passou por uma nova polêmica para a seleção dos seus novos diplomatas. Um jovem identificado como Mathias Abramovic, já bem conhecido no processo de seleção. Isso porque em 2013, o rapaz passou na primeira e segunda fases do concurso, mas só passou porque sua média entrava na vaga de cotistas.
O problema é que Mathias não é negro e sequer moreno. Ele é branco de olhos verdes. Na época, o Itamaraty explicou que esperaria a conclusão do concurso para tomar uma decisão, caso necessário.
Só que neste ano o médico que já declarou se considerar afrodescendente porque tem uma bisavó paterna negra e avós maternos pardos foi novamente aceito no concurso como cotista. Em carta aberta ao Ministério das Relações Exteriores, a Educafro reclama da falta de critérios para confirmação de que candidatos a cotas na seleção são realmente negros.
"Por que o Instituto Rio Branco, que já foi alvo de fraude em concursos anteriores, não criou mecanismos para coibir que essas mesmas fraudes se repitam no primeiro concurso depois da implementação da lei de cotas?", pergunta na carta Frei David Santos, diretor da ONG.