Jovem pedala 1.600 quilômetros para agradecer cura de sua mãe

Promessa foi feita porque mãe estava com câncer e foi curada.

Jovem pedala 1.600 quilômetros para agradecer cura de sua mãe | Reprodução
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O ciclista conhecido como "Gaúcho Peregrino" passou por São Vicente, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (20). Marciano Dornelles saiu de Gravataí (RS) e pretende percorrer 1.600 quilômetros até a Rede Globo, no Rio de Janeiro, para entregar uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida à apresentadora Ana Maria Braga, como parte de uma promessa. O gaúcho mantém um perfil em uma rede social, onde posta fotos de sua jornada.

Dornelles explica que sua mãe sofria de câncer e se recuperou. "Minha mãe foi desenganada pelos médicos, teve câncer. Eu disse que se minha mãe se curasse e meu pai largasse o alcoolismo, na próxima pedalada que fizesse, um tour pelo Brasil, eu ia dar um jeito de colocar Nossa Senhora de Aparecida na bicicleta. Também é uma homenagem ao Papa, que esteve no Brasil", diz.

O ciclista, de 33 anos, conta que escolheu entregar a imagem para Ana Maria Braga pela semelhança entre os dois casos. "Ela espelha muito a minha mãe. Superou um câncer e minha mãe passou o que ela passou. É um exemplo de superação. Ela mostrou que é um ser humano, antes de ser uma apresentadora de televisão. Essa é a segunda vez que eu tento encontrar a Ana Maria Braga. Na primeira vez, quando eu cheguei na Globo, ela estava gravando fora do Brasil. Mas ela mandou um recado e eu percebi que meu sonho ainda estava vivo", revela.

O gaúcho, que é formado em Moda, saiu há 23 dias e já percorreu 1.090 quilômetros até a Baixada Santista. A data para a chegada no Rio ainda é incerta. "Eu não tenho o dia, hora ou qualquer previsão. Tudo depende do atleta, da boa alimentação, das pessoas me ajudarem, do tempo e da bicicleta. Eu pedalo cerca de 100 quilômetros por dia. Começo às 8h, faço três refeições. Quando escurece, paro de pedalar, por medo da insegurança e da violência", relata.

Dornelles mantém um perfil em uma rede social, onde posta fotos da viagem. Ele conta que teve muita ajuda até agora, mas também passou por dificuldades. "Muitas pessoas me acolheram, os catarinenses, os curitibanos, até o povo indígena. Eles me deram comida e abrigo. No meio do percurso faltou dinheiro, peguei frio, fiquei resfriado e um pneu furou. Também perdi um amigo, um cachorrinho que achei e que andou comigo uns 50 quilômetros, depois morreu. Eu deixei tudo, amigos, família, emprego, e ele me acompanhou por um tempo. Apesar de tudo, não terminou o sonho. Continuei pedalando com a santinha. Essa minha viagem pode servir como um exemplo de fé para o Brasil", conclui.

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