A jovem de 20 anos que aparece em um vídeo íntimo com o policial militar de Araraquara (SP) assassinado na terça-feira (4), em Araraquara (SP), diz que foi surpreendida com o caso e espera punição para a mãe e a irmã presas suspeitas do crime. O tio-avô dela também foi preso. “Têm que pagar pelo que fizeram”, disse Giovanna Marques, após prestar depoimento nesta quarta-feira (5). As informações são do G1.
Segundo a Polícia Civil, a mãe, que namorava o policial, mandou o tio matá-lo após ver a gravação. A filha mais velha, de 22 anos, ajudou no crime. Os três confessaram o homicídio e ainda não apresentaram advogado de defesa.
Relacionamento, vídeo íntimo e crime
Giovanna relatou que conheceu o cabo Elias Matias Ribeiro, de 49 anos, na festa de aniversário da mãe e se tornou amiga dele. Para a polícia, ela não teve participação no crime. “A gente comia um lanche, conversava sobre tudo. Ele era um amigão”, disse.
Ela admitiu que se relacionou com o policial e que o deixou gravar um vídeo em que aparece seminua. A gravação foi vista pela mãe e foi o motivo do planejamento da morte.
“Eles [a mãe e o policial] não tinham um relacionamento sério, ele tinha várias mulheres. Eu me sinto mal. Eu sinto muito por elas, peço desculpas por ter ficado com a pessoa que ela [mãe] gostava”, afirmou.
A jovem disse ainda que foi surpreendida ao descobrir o envolvimento da família no crime e espera punição. “Não sei o que passou na cabeça dela [da mãe] para fazer isso. Por que não fez comigo? Elas devem pagar pelo que fizeram”.
O crime
O carro do policial, um SUV Tucson, foi encontrado em chamas por volta das 3h de terça (4) em um canavial próximo à vicinal de acesso à Rodovia Antônio Machado Santana (SP-255), entre Américo Brasiliense e Araraquara.
Horas após o início das investigações, a polícia chegou até Jaciane Maria, de 40 anos, e Larissa Marques, de 22. Elas confessaram o crime e Jaciane alegou que pediu para o tio matar o policial após ver o vídeo íntimo dele com a filha mais nova.
O pedreiro Genivaldo Silva, de 54 anos, confessou que matou o policial com cinco marretadas a pedido da sobrinha. Ele foi preso nesta quarta-feira.
Segundo o depoimento do pedreiro, Jaciane colocou uma droga na bebida de Ribeiro para ele entrasse em sono profundo, na segunda (3). Após o PM ter dormido, ela e a filha foram até a casa do pedreiro para buscá-lo.
Ele teria entrado no quarto com luvas para não deixar impressões digitais e deu cinco marretadas no PM. O corpo de Ribeiro foi colocado no carro dele e Jaciane teria o dirigido até o canavial entre Araraquara e Américo Brasiliense e colocado fogo.
Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil vai pedir a prisão preventiva dos três suspeitos. Eles vão responder por homicídio e destruição de cadáver.