O juiz Marcelo Baldochi, que mandou prender três funcionários da TAM que o impediram de embarcar porque ele chegou atrasado, já julgou uma ação idêntica a vivida por ele e negou indenização ao cliente alegando que “as companhias recomendam a chegada com antecedência mínima de uma hora para realização do check in e trinta minutos de antecedência para o comparecimento no portão de embarque”.
Em sentença proferida no dia 3 de dezembro de 2012, Marcelo afirma que “Era ônus, pois, do autor, comparecer ao portão de embarque com trinta minutos de antecedência e não chegar ao aeroporto, pois, da chegada ao portão de embarque presume-se já feito o check in. Razões pelas quais tomo por sua exclusiva culpa a responsabilidade pelo fato causado". O processo foi movido em Imperatriz, no sul do Maranhão, comarca onde Baldochi atua, por um cliente que tentou embarcar pela companhia Gol.
No sábado (6), o juiz chegou atrasado para voar de Imperatriz até São Paulo. Ele deu voz de prisão ao rapaz que o impediu de embarcar e para mais dois funcionários que defenderam o colega. Segundo o delegado Assis Ramos, os rapazes foram ouvidos e liberados em seguida.
O juiz que acionou os militares não prestou depoimento porque conseguiu embarcar para São Paulo em outra companhia, de acordo com Ramos. O juiz já se envolveu em outras confusões. Em 2007, ele foi denunciado por manter trabalhadores em situação análoga à de escravidão em uma propriedade e também chegou a ser esfaqueado após se envolver em uma confusão com um flanelinha.