Juíza aponta várias falhas na prisão do psicólogo e ator Vinícius Romão

Ele ficou 16 dias na cadeia depois de ter sido confundido com assaltante.

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Reconhecimento. Vinícius não foi submetido a um reconhecimento formal, quando o suspeito é apresentado à vítima entre outras pessoas parecidas numa sala. ?Na rua, esse reconhecimento serve para deter um suspeito. Mas não para manter a pessoa presa. É preciso que haja um reconhecimento formal na delegacia. Nesse caso, a vítima fez um aponte apenas?, disse Denise Frossard.

Objetos roubados. Ao ser detido na rua, o ator não estava com nenhum dos objetos roubados. ?É comum o perseguido se desfazer da rés furtiva. Mas, naquele momento, essa informação poderia ser um detalhe relevante. O policial deveria ter tido a sensibilidade para avaliar que o suspeito não tinha antecedentes, tinha emprego?, mencionou a juíza.

Roupas diferentes. A vítima do roubo declarou que o ladrão estava de bermuda e sem blusa, enquanto Vinícius foi preso com calças compridas e camisa. ?É muito comum eles trocarem de roupa após o crime, mas é mais um indício de que o policial deveria investigar mais. Faltou sensibilidade, faro ao investigador. Na dúvida, investigue mais?, disse a juíza.

Depoimento. Vinícius prestou depoimento dentro da cela a um policial que estava do lado de fora. ?Um depoimento prestado numa cela e não em ambiente próprio não segue os ritos de um inquérito policial. Conforme o caso e a interpretação do magistrado, pode até levar à anulação de um processo?, disse.

Tempo. Vinícius ficou 16 dias preso. ?Em regra geral, o inquérito que tem o acusado preso em flagrante deve ser concluído em dez dias?, disse Denise Frossard.

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