O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quer que sejam punidos os magistrados do Piauí que não estão participando dos mutirões e não estão realizando julgamentos de forma correta; por outro lado, os juízes argumentam que a estrutura para o cumprimento das metas não é ideal.
O presidente da Associação dos Magistrados do Piauí (AMAPI) justifica argumentando que a carga de trabalho dos juízes do Piauí está além do que é exigido. ?Qualquer informação de que é dos juízes a responsabilidade pela demora nos julgamentos dos processos é absolutamente equivocada. Se os processos não são julgados no tempo devido é única e exclusivamente em razão da falta de estrutura e de servidores.?
Para ele, essa responsabilidade recai para a administração do Tribunal de Justiça do Piauí e, de forma indiretamente aos poderes Executivo e Legislativo, que não asseguram ao Poder Judiciário orçamentos que proporcionem nomeações de servidores em quantidade necessária para atender à demanda.
Questionado pelo apresentador Silas Freire, durante o programa Agora, sobre o cumprimento das exigências do CNJ, a resposta do presidente foi imediata. ?Os juízes do Piauí estão tranquilos quanto a isso, porque ninguém é punido sem direito de defesa. Se nós não soltamos, é porque achamos que não devemos soltar; portanto, o que não foi feito, não foi feito por absoluta falta de condição. Não tememos nenhuma punição?, termina.