Justiça de SP arquiva inquérito sobre a morte do cão Joca em voo da Gol

A Justiça de São Paulo arquivou o inquérito sobre a morte do cão Joca em um voo da Gol, por falta de evidências de maus-tratos.

Cão Joca, um golden retriever morreu após erro no transporte em companhia aérea | ARQUIVO PESSOAL
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A Justiça de São Paulo decidiu arquivar o inquérito que investigava a morte do cão Joca, um golden retriever de 5 anos, que faleceu durante um transporte aéreo realizado pela companhia Gol. O incidente ocorreu em abril deste ano.

Joca deveria ter sido transportado do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para Sinop (MT), mas, por um erro operacional, foi embarcado em um voo para Fortaleza (CE). O trajeto, que normalmente leva até 2h30min, durou cerca de 8 horas.

PEDIDO DE ARQUIVAMENTO

O pedido de arquivamento foi feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que não encontrou evidências suficientes para sustentar uma denúncia de maus-tratos. O juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa argumentou que não houve intenção de maltratar o animal. Ele ressaltou que a morte de Joca resultou de uma sucessão de falhas culposas, sem demonstração clara de maus-tratos.

INVESTIGAÇÃO CONCLUSIVA

A investigação policial, concluída em junho, identificou um "erro efetivo no embarque" do animal. O laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP revelou que a causa da morte foi choque cardiogênico, uma condição em que o coração não consegue bombear sangue adequadamente. 

DETALHES DO EMBARQUE

Joca foi embarcado em 22 de abril em Guarulhos e deveria seguir para Sinop, mas acabou sendo enviado para Fortaleza. Durante sua permanência em Fortaleza, ele foi descrito como "calmo e bem", segundo os funcionários que o atenderam.

A Gol declarou que colaborou com as investigações e respeita a decisão judicial. Em resposta ao arquivamento, a defesa de João Fantazzini, tutor de Joca, anunciou que pretende recorrer da decisão.

CAUSA DA MORTE

O laudo veterinário apontou que a morte de Joca foi precipitada por choque cardiogênico, resultado de hipertermia e estresse. Especialistas afirmaram que a situação de estresse e a desidratação severa contribuíram significativamente para a morte do animal.

Marcello Primo Muccio, advogado do tutor, ressaltou que a falta de segurança durante o transporte e as condições inadequadas no voo foram fatores cruciais para a tragédia.

"Até porque ele foi levado de São Paulo a Fortaleza dentro da caixa totalmente solto sem qualquer equipamento de segurança. Esperamos que com a conclusão do laudo que as investigações apontem o responsável pelos maus-tratos sofrido pelo Joca".

Com informações do g1

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