Nesta sexta-feira, a Segunda Vara da Fazenda Pública Estadual rechaçou o pedido de interdição do Mineirão, feito pelo Ministério Público de Minas Gerais no dia 6 de maio.
Ao alegar que a Minas Arena - gestora do local - não cumpre normas de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, o MP pediu que o estádio não fosse palco de jogos e eventos. A juíza Lilian Maciel Santos, porém, negou o desejo do órgão.
Conforme decisão da magistrada, a administradora do Gigante da Pampulha terá 30 dias para efetuar modificações na acessibilidade do local. Caso o prazo para adequação não seja cumprido, o lugar pode ser interditado. Cabe, porém, recurso da determinação.
"Se é verdade que a efetiva e completa adequação dos acessos ao aludido estádio aos portadores de necessidades especiais deve ser concretizada com toda a urgência, não se pode afastar da presente análise os efeitos deletérios que seriam provocados pelo fechamento do Estádio Magalhães Pinto às vésperas da Copa das Confederações", ponderou a juíza.
"Por conseguinte, tenho que a concessão de prazo razoável para a devida adequação da obra realizada no Estádio Magalhães Pinto é medida adequada, necessária e proporcional aos fins almejados. No entanto, caso a presente ordem não seja cumprida a contento no prazo declinado, a interdição do estádio deverá ser decretada como medida de apoio à sua própria eficácia."
Esta não é a primeira vez que o local apresenta falhas em eventos. Em sua reinauguração, no dia 3 de fevereiro, cruzeirenses e atleticanos sofreram com a ausência de água e refeições em bares e lanchonetes. No amistoso da Seleção Brasileira diante do Chile, houve ingressos duplicados e informações desencontradas no estacionamento.
A apresentação do músico inglês Paul McCartney também não ficou fora da lista de problemas. No dia do show, os banheiros tiveram problemas e os corredores do local ficaram alagados.