Laudos periciaisi solicitados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia apontaram que a vendedora Vânia Basílio Rocha, 19 anos, acusada de matar a facadas o ex-namorado durante relação seuxal na casa da vítima é psicopata (pessoa que possui transtorno de personalidade dissocial).
O crime aconteceu na casa da vítima, Marcos Catanio Porto, 26, na cidade de Vilhena (RO), em dezembro do ano passado.
O médico perito legista da Delegacia da Polícia Civil de Vilhena e o médico psiquiatra, que realizaram os laudos, recomendaram acompanhamento psiquiátrico e psicológico para a acusada por ela apresentar riscos a terceiros. Segundo o documento Vania necessida de vigilância durante tratamento indicado pelo psiquiatra.
A juíza Liliane Pegoraro Bilharva, da 1ª Vara Criminal de Vilhena, analisou os laudos e decidiu que a acusada é "semi-imputável". Na decisão, a juíza destaca que apesar de a acusada sofrer de "perturbação da saúde mental", ela apresentou plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato. "Entretanto, a capacidade de determinação era reduzida ao tempo da ação, de modo que é imperioso o reconhecimento de sua semi-imputabilidade, com o prosseguimento do feito e em caso de eventual condenação, submetê-la a tratamento adequado", destaca a juíza.
Os laudos e a decisão da juíza foram remetidos ao juiz corregedor dos presídios, no dia 25. Rocha está detida no presídio feminino de Vilhena.
Entenda o Caso
Vânia Basílio Rocha, então com 18 anos, foi presa em flagrante, ainda sem roupa, após a família do ex-namorado Marcos Catanio Porto escutar pedidos de socorro dele enquanto era golpeado na própria cama.
Segundo a polícia, Rocha ainda estava cima do corpo quando o irmão e um amigo de Porto conseguiram arrombar a porta do quarto para socorrê-lo. Ela contou que ao ser flagrada pela família da vítima tentou se esconder dentro do banheiro porque estava despida.
Em entrevista à imprensa, logo após ser presa, Rocha afirmou que há três meses planejava matar três pessoas -- um amigo, o ex-namorado e um rapaz com quem se relacionou. Porém, na noite anterior ao crime, apenas Marcos Catanio atendeu as ligações e ela marcou o encontro com ele, que acabara na morte do rapaz. Ele foi atingido por 11 golpes de faca no corpo, sendo um no pescoço.
"Estava com vontade de matar alguém. Ele segurou a minha mão até morrer e eu corri para o banheiro quando o irmão dele chegou e pedi para chamar a polícia", contou Rocha, dizendo que não se arrepende do assassinato. Ela disse ainda que não pretende matar os outros dois rapazes que ela pensava também em matar.