Lavanderias comunitárias de Teresina são fonte de renda para quase 200 famílias

Atualmente, o serviço de lavanderias comunitárias conta com oito espaços espalhados por todas as zonas da cidade

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Contribuir para um programa de geração de emprego e renda. Esses são alguns dos benefícios proporcionados pelas lavanderias comunitárias mantidas há 32 anos pela Prefeitura de Teresina e coordenadas pela Secretaria Municipal de Economia Solidária (Semest).


Atualmente, o serviço de lavanderias comunitárias conta com oito espaços espalhados por todas as zonas da cidade, possibilitando melhores condições de vida para quase 200 mulheres que trabalham nesses locais, recebendo uma renda mensal de, aproximadamente, um salário mínimo, podendo chegar a R$ 3 mil.

As lavanderias funcionam de segunda a sábado, das 7h às 18h. A estrutura básica em todas elas é a área de lavagem, área de passagem e sala de gerência, mas em algumas (nas maiores) podem ser encontradas sala de almoxarifado, depósito e cantina. Cada lavadeira possui, em média, 10 clientes.

Segundo Manoel Marques, coordenador das lavanderias, há algum tempo a Semest está tentando implantar a autogestão

nos espaços, incentivando as mulheres a gerir as lavanderias. “Já conseguimos bons resultados nesse sentido, pois a maioria das lavanderias já são autossustentáveis. Todas as lavadeiras pagam uma taxa solidária de 12% em cima do valor que recebem dos clientes. Essa taxa é usada para a manutenção do prédio, pequenos reparos e consertos que precisam ser feitos e também para o pagamento do salário da gerente da lavanderia, além da compra do material que elas usam durante o trabalho. Elas também usam esse dinheiro para organizar festas e eventos em datas como o Dia das Mães, Dia das Mulheres e Natal”, explica Manoel.


Visando a melhoria na qualidade dos serviços prestados pelas lavanderias comunitárias, a Prefeitura também oferece cursos de qualificação profissional para as lavadeiras através de palestras e oficinas sobre economia, motivação, saúde da mulher, qualidade no atendimento e relações interpessoais. Outra proposta que está sendo estudada pela administração municipal é a automatização de algumas lavanderias, para que possam receber a demanda de alguns órgãos do setor público. “A intenção é que elas possam expandir seu leque de clientes, inclusive entre o setor público, podendo ter como clientes hospitais da Prefeitura, lavando lençóis e fronhas”, afirma Manoel.

Trabalhando há mais de 20 anos na lavanderia comunitária do Satélite, a mais antiga das lavanderias, inaugurada em março de 1982, Maria Lúcia Sousa, de 59 anos, afirma que com a renda do trabalho de lavadeira conseguiu criar os filhos e ajudar o marido no sustento da casa. “Sou uma das mais antigas daqui e, graças a Deus, nunca me faltou cliente. Alguns me acompanham há muitos anos e procuro sempre atendê-los da melhor forma possível, pois sei da confiança que eles têm no meu trabalho. Com o dinheiro daqui ajudei a criar meus filhos, sou muito grata por isso”, diz Lúcia.

Para Olavo Braz o trabalho desenvolvido nas lavanderias representa um avanço na mão de obra feminina em Teresina. “As lavanderias representam fonte de renda para muitas mulheres, que muitas vezes são as únicas responsáveis pelo sustento de suas famílias. Historicamente, o sexo feminino passou muito tempo esquecido em relação ao mercado de trabalho, mas sabemos que agora a realidade é outra. Pensando nisso e cada vez mais no bem-estar dessas mulheres, a Prefeitura de Teresina irá investir na recuperação e limpeza dos prédios da lavanderia. O processo licitatório já foi concluído e a empresa responsável já foi indicada. A previsão é que no início do ano que vem os reparos sejam iniciados”, afirma Olavo.

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