O jornalista Leão Serva, diretor de jornalismo da TV Cultura e mediador do debate, disse que, ao tomar o celular do deputado bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP), tinha o intuito de afastá-lo da jornalista Vera Magalhães.
Serva disse que não é a primeira vez que o parlamentar persegue Vera e afirmou que o intuito dele era "lacrar" com o vídeo. Após o debate realizado pelo portal UOL em parceria com a Folha de S. Paulo e a TV Cultura, entre os candidatos a governador do estado de São Paulo, o deputado se aproximou de Vera e a hostilizou enquanto gravava.
Leão tomou o celular do deputado e o arremessou. "Ele veio aqui visivelmente como eles gostam de falar "lacrar". A única solução possível naquela hora era afastá-lo da lacração, por isso eu interrompi a gravação que ele estava fazendo, como forma de separar ele da Vera naquele momento de agressão", disse o jornalista.
Com o intuito de acabar com a situação,"O deputado Douglas Garcia já tem uma prática de perseguição, assédio, em relação a Vera Magalhães há um bom tempo. Dois anos atrás ele foi à TV Cultura usando as prerrogativas de deputado para obter uma cópia do contrato dela. Foi à Assembléia Legislativa e divulgou como se fosse um salário mensal aquilo que era o salário anual. Isso foi um dos assédios dele a essa mulher [Vera]", destacou Leão Serva.
Entenda o caso
Garcia, que é candidato a deputado federal, se aproximou da jornalista com o celular na mão a questionando sobre um contrato de trabalho de R$ 500 mil com a TV Cultura, alegando que ela trabalhava para falar mal do presidente Jair Bolsonaro (PL), insinuando que Vera faz um "jornalismo militante".
Vera chamou os seguranças e também começou a filmar o deputado. A discussão foi encerrada quando Leão tomou o celular da mão do deputado e arremessou.
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