O Ministério da Justiça decidiu transferir Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, para o presídio federal da Fazenda Papuda, em Brasília, nesta sexta-feira (22/3). Ele é apontado pelas autoridades como líder do Primeiro Comando Capital (PCC).
Esta é a segunda mudança de presídio em pouco mais de um mês. A transferência foi feita pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) com o apoio da PF (Polícia Federal).
A ação faz parte "dos protocolos de segurança pública relativa à alternância de abrigo dos detentos de alta periculosidade ou integrantes de organizações criminosas entre as unidades prisionais federais".
A transferência de traficantes que lideram a organização criminosa ocorre por conta do esquema de rodízio adotado pelo governo. A intenção é impedir que os chefes das facções deem ordens para que sejam realizados ataques por quem está do lado de fora das prisões.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que o deslocamento dos presos foi feito pela Força Aérea Brasileira. E que policiais federais e do Depen, além de batedores e helicóptero da Polícia Rodoviária Federal integram o esquema de segurança. Além disso, a Força Nacional de Segurança Pública reforçará a proteção do perímetro das áreas que contornam a Penitenciária Federal de Brasília.
Marcola estava em Rondônia desde fevereiro, quando o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) autorizou que ele fosse levado do presídio estadual de Presidente Venceslau, no interior paulista, para a unidade federal no Norte do país. A descoberta de um plano de fuga motivou as transferências.
O criminoso foi um dos 22 integrantes transferidos no mês passado. Na ocasião, 12 foram para Rondônia, sete para Mossoró (RN) e outros três para Brasília. A cúpula estava concentrada na unidade de Porto Velho.
Agora na unidade na capital federal, Marcola estará no mesmo local em que ficaram seu irmão, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, Antonio José Muller Júnior, o Granada, e Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal.
Em presídios federais, os detentos ocupam celas individuais, ficando confinados durante 22 horas do dia e com outras duas para banho de sol. Desde 2006, quando os presídios federais foram criados, não houve registro de fugas em nenhuma das unidades.