À medida que o mundo acorda neste sábado (26), líderes mundiais vão se manifestando sobre a morte do ex-presidente de Cuba Fidel Castro, ocorrida na noite de sexta-feira (horário local), madrugada de sábado aqui no Brasil.
O presidente do Equador, Rafael Correa, foi um dos primeiros a lamentar o falecimento de Fidel. "Se foi um grande. Morreu Fidel. Viva Cuba! Viva a América Latina!", escreveu Correa em sua conta no Twitter.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou que cabe a todos os revolucionários do mundo "continuar seu caminho" e afirmou que o ex-líder cubano e o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez "deixaram aberto o caminho para a libertação" de seus povos.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, classificou Fidel como uma "figura emblemática do século 20". Peña Nieto afirmou que "Fidel Castro foi um amigo do México, promotor de uma relação bilateral baseada no respeito, diálogo e solidariedade".
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que sente uma "profunda dor" pela morte do líder cubano Fidel Castro, a quem chamou de "gigante da história da humanidade". Morales destacou que Fidel ensinou aos revolucionários "a nunca se renderem e a levantar a voz aos que têm políticas de dominação, por meio da invasão aos povos do mundo".
O governo da Argentina disse que, com a morte de Fidel, "se fecha um capítulo importante da história latino-americana". A opinião do governo argentino foi expressada pela chanceler, Susana Malcorra, em sua conta no Twitter.
O chefe da equipe das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que participa dos diálogos de paz com o governo da Colômbia, Luciano Marín Arango, conhecido pelo codinome "Ivan Márquez", afirmou hoje que, com a morte de Fidel Castro, o mundo perde o "revolucionário mais admirável do século 20". "No firmamento, deixou sua esteira de humanidade", disse Márquez no Twitter.
Líderes europeus
O governo da Espanha expressou às autoridades de Cuba seu pesar pela morte de Fidel, a quem definiu como "uma figura de grande envergadura histórica, que marcou um ponto de inflexão no país e que teve grande influência em toda a região".
Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo de Mariano Rajoy lembrou que Fidel sempre teve "vínculos próximos com a Espanha como filho de espanhóis e esteve muito apegado a seus laços de sangue e cultura". "Por isso, a Espanha se une especialmente ao pesar do governo e autoridades cubanas", diz a nota.
O presidente da França, François Hollande, destacou que o ex-presidente cubano soube representar, para seu povo, "o orgulho da rejeição à dominação exterior", e transmitiu seu pesar à família do líder e a Cuba por sua morte.
"Fidel Castro foi uma figura do século 20. Encarnou a Revolução Cubana, tanto nas esperanças que gerou como depois, nas desilusões que provocou", afirmou o chefe de Estado francês.
Repercussão na Rússia
O presidente da Rússia, --a maior das ex-repúblicas soviéticas--, Vladimir Putin, prestou homenagem a Fidel Castro como o "símbolo de uma era" e um "amigo sincero e confiável da Rússia", informou o Kremlin em um comunicado. A União Soviética foi a principal aliada de Cuba durante a Guerra Fria.
"O nome deste distinto homem de Estado é com razão considerado o símbolo de uma era na história mundial contemporânea", disse Putin. "Fidel Castro foi um amigo da Rússia sincero e confiável", acrescentou.
O ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev prestou sua homenagem ao falecido pai da revolução cubana. "Fidel resistiu e fortaleceu seu país durante o bloqueio norte-americano mais duro, quando havia uma pressão colossal sobre ele e, ainda assim, tirou seu país desse bloqueio para um caminho para um desenvolvimento independente", declarou Gorbachev.
Ásia
Fidel Castro "viverá eternamente", afirmou o presidente da China, Xi Jinping. "O povo chinês perdeu um camarada bom e sincero", afirmou, em uma mensagem lida no início do noticiário noturno na TV. "O camarada Castro viverá eternamente", acrescentou o presidente chinês, que também é secretário-geral do Partido Comunista Chinês.
O governo da Índia lamentou morte do ex-presidente de Cuba e o classificou como um "grande amigo" do país e "um dos personagens mais icônicos do século 20".
"Envio minhas mais profundas condolências ao governo e ao povo cubano pelo triste desaparecimento de Fidel Castro. Que sua alma descanse em paz", escreveu em sua conta no Twitter, o primeiro-ministro do país, Narendra Modi. "Coração triste pelo desaparecimento do líder revolucionário de Cuba, ex-presidente e amigo da Índia, Fidel Castro", disse, em mensagem divulgada pelo Twitter, o presidente da Índia, Pranab Mukherjee.