A grande quantidade de lixo eletrônico que está sendo gerada pelos tempos modernos, causa preocupação em ambientalistas e entidades preocupadas com o meio ambiente. Prova disso é que a Organização das Nações Unidas solicitou, nessa semana, que fossem tomadas medidas urgentes contra o aumento do lixo eletrônico, principalmente nos países emergentes.
Em Teresina, o problema torna-se mais agravante devido a falta de um local adequado para direcionar esse material. Diariamente, celulares, baterias, eletrodomésticos e demais aparelhos eletrônicos são encaminhados para os mesmos lixões e aterros sanitários que recebem outros tipos de lixo mais comuns.
O proprietário de uma eletrônica da Capital, Fernando de Oliveira, afirma que junta todo o lixo, diariamente, e deixa para ser recolhido junto com outros materiais. ?Eu tenho um depósito no bairro Buenos Aires, onde coloco os aparelhos deixados aqui e ainda pode ser utilizado. O que não serve mais, vira sucata para eu aproveitar algumas peças ou vai para o lixeiro?, afirma ele.
Um relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, intitulado ?Reciclando ? Do lixo eletrônico a recursos? mostra que os aparelhos e eletrodomésticos que temos em casa contém muitas peças perigosas, de forma que a quantidade de lixo eletrônico cresce cerca de 40 milhões de toneladas por ano.
O mesmo relatório trata também das dificuldades para desenvolver programas integrais de reciclagem. Por isso, a devida coleta do lixo eletrônico ganha maior importância nesse processo.
De acordo com o advogado especialista em Meio Ambiente, Danilo Baião, a prefeitura é a responsável e poderia ser multada pelo descaso com a coleta do lixo. ?Embora os serviço seja terceirizado, a instituição pode receber desde uma simples advertência até multa, que vai de R$ 50,00 a R$ 50 milhões?, declara Baião.