Cotada para assumir o Ministério da Saúde, a cardiologista Ludhmila Hajjar perdeu a preferência na lista de nomes avaliados pelo governo para o cargo. A indicação da médica perdeu força no mesmo dia em que ela foi recebida pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Ao longo deste domingo, chegaram a Bolsonaro informações que circulam nas redes sociais sobre declarações da médica nos últimos anos, incluindo um áudio atribuído a Hajjar em que o presidente é chamado de "psicopata".
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No áudio, recebido por Bolsonaro após se encontrar com a cardiologista no Planalto, a interlocutora defende a eleição do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para presidente, chamando-o de "corajoso". No início da pandemia da Covid-19, Caiado determinou medidas de restrição de circulação e confrontou Bolsonaro por declarações em que o presidente minimizava o impacto do vírus.
-- Nem sei o que vai acontecer com esse Brasil. Vai pegar fogo. Só sei que quero o Caiado presidente, só isso. Porque ele foi corajoso. Chega. Tem que cair esse JB. É um psicopata -- disse a mulher no áudio enviado ao presidente.
Nas redes sociais, seguidores do presidente reagiram com críticas à possibilidade de nomeação de Ludhmilla, citando um vídeo em que a médica aparece numa conversa com a ex-presidente Dilma Rousseff. A cardiologista também é criticada pela militância bolsonarista por defender posicionamentos que são consenso na comunidade científica, como a inexistência de um "tratamento precoce" eficaz contra a Covid-19, além da adoção de medidas de isolamento social.