Menos de duas semanas separaram o primeiro clique de apoio à proposta de regulação da maconha no Brasil do discurso do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), em plenária, sobre o desafio que lhe fora então delegado: o de ser relator de um dos mais polêmicos e controversos temas colocados em pauta por iniciativa popular.
Levado ao Legislativo após ter reunido, em quatro dias, 20 mil assinaturas no portal e-Cidadania, o pleito que abarca uso recreativo e medicinal da erva tem como autor um nome desconhecido - mas que promete fazer história, já que consultores do Senado apontam para um futuro em que a erva será legalizada, mas sua produção, comércio, posse e consumo estariam sob controle e fiscalização do Estado.
"Maconha não é para todo mundo, e um dos maiores obstáculos para o uso medicinal é a resistência aos efeitos psicoativos dessa droga", explica André Kiepper, o responsável pela evolução do debate. "Quero que a ciência evolua para que, quando eu precisar usar maconha por motivos de saúde, não precise viver os efeitos psicoativos que eu curtia aos 20 anos."