Mãe de mulher esfaqueada em shopping diz que agressor era ‘santo’

Vítima saiu do CTI nesta quinta-feira, mas segue internada.

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Uma semana depois do crime, a mãe da vendedora Andreza da Silva dos Santos, esfaqueada mais de 30 vezes pelo ex-marido Jonny Neves dos Santos, disse que o ex-genro se comportava como um ‘santo’ no início do relacionamento do casal. Aparecida de Fátima da Silva contou que os episódios de agressão começaram quando ela e o marido se mudaram para São Paulo.

“No começo, a gente aprovava o relacionamento porque ele era um santo. Vocês sabem, no começo todo mundo é um santinho, depois vai colocando as ‘unhazinhas’ de fora. Depois ele foi aprontando as coisas e quando eu fui para São Paulo piorou. Enquanto eu e o pai estávamos aqui não tinha essas coisas”, disse a mãe da esfaqueada, que chegou a pedir para a filha sair do Rio de Janeiro.

“Eu queria que ela fosse embora para São Paulo, mas ela não quis e não me escutou. Logo em seguida ficou nessa situação”, completou.

Ao comentar a situação de Jonny dos Santos, que está preso em Benfica, Zona Norte do Rio, Aparecida disse que espera que ele pague pelo crime que cometeu. Para ela, o ex-genro não pensou nas filhas quando tentou matar Andreza.

“Espero que ele seja julgado e pague pelo que ele fez. Minha filha não mereceu tanta ignorância, tanta brutalidade em cima dela. Eu quero que ele pague. Eu sei que ele é o pai das minhas netas, mas ele não pensou que tinha duas filhas e nem pensou na minha filha. Eu não criei a minha filha para ficar daquele jeito. Tenho que agradecer por ela estar bem, mas vai ficar com muito trauma, muitas marcas no corpo”.

Familiares de Andreza evitam comentar o assunto com as filhas do casal. As meninas de 8 e 4 anos de idades, muito ligadas aos pais, estão muito abaladas. A estudante de enfermagem Rackyelly Ferreira, prima de Andreza, contou que ela ainda segue internada, em estado estável, mas ainda sem previsão de alta.

“Andreza está estável, se recuperando muito bem. Mas ainda com uma anemia profunda por causa da grande quantidade de sangue que perdeu. Ela está lúcida, mas a família ainda está muito abalada e não fala com ela sobre o que aconteceu. Ela está muito sensível. Em casa estamos tentando proteger as crianças dos comentários sobre o assunto”, disse a prima.

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