A britânica Deborah Byrne, 47 anos, descobriu que sua filha, Brogan Warren, 21 anos, que estava viajando, havia morrido através do Facebook. Deborah, que é mãe de outras duas filhas, é de Northampton, região central do Reino Unido.
Ela conta que estava navegando na rede social, checando mensagens, curtindo fotos de amigas quando começou a aparecer mensagens estranhas: "Meus pêsames", "lamento muito o ocorrido", "partiu tão cedo". Ela disse não ter entendido nada, mas logo uma amiga da filha explicou: "Ela morreu num acidente de carro na noite anterior".
"Achei que a senhora estava sabendo. Desculpe. Sua filha sofreu um acidente de carro ontem à noite". começou dizendo a garota. "O que precisar posso te ajudar e..."
Deborah ficou chocada e devastada começou a gritar pela filha morta. "Não conseguia acreditar que fiquei sabendo da morte da minha filha desse jeito no Facebook", contou a mãe ao jornal britânico Mirror.
Começaram a aparecer na tela dezenas, centenas de mensagens de "descanse em paz".
"Minha filha estava morta. Foi a pior dor que já sofri na vida", relembra ela sobre o episódio, ocorrido em 22 de maio de 2016 e revelado agora.
"Meu coração ficou partido. Eu tremia de tanto chorar", conta. Deborah e outros parentes passaram a ligar para a polícia para tentar descobrir detalhes do que tinha acontecido. Horas depois eles receberam a confirmação pela polícia. Ficou sabendo que a filha Brogan tinha morrido no acidente com mais três amigos dela.
O carro em que eles estavam tinha batido violentamente contra outro numa estrada em Oxfordshire, sudeste do Reino Unido, a 72 km de Northampton. Os amigos que estavam com ela eram Sam Jones, 23 anos, que dirigia o veículo, Nicoletta Tocco, de 25, e Sam Kay, de 26. O carro colidiu de frente contra um Mercedes A4 na rodovia. O motorista do A4, casado e pai de uma criança de 3 anos, sobreviveu.
Os jovens voltavam de um festival vegano na cidade de Bristol e pouco antes do acidente a jovem havia enviado uma mensagem para mãe dizendo que iria voltar em breve sem especificar a data.
Na noite do acidente, o telefone tocou na casa de Deborah, mas ninguem ouviu. A polícia chegou a ir na residência dela, tocou a campainha, mas ninguém ouviu, estavam dormindo.
Quando souberam pela manhã da notícia sobre a tragédia, a irmã de Deborah, Tricia, de 43, a amparou e ficou encarregada de dar a notícia ao pai de Brogan, Joff Warren, de 49 anos. Ele e Deborah estão separados há 16 anos, mas era muito ligado à filha.
O pai, a mãe e a irmã form até o hospital John Radcliffe em Oxford, para fazer a identificação do corpo. "Minha família parecia uma boneca de porcelana", chora a mãe, emocionada ao recordar.
No sepultamento da garota, amigos jogaram, além de flores, glitter no caixão da garota. O funeral aconteceu no dia 7 de junho, na igreja de St. Aiden. em Northamptom.
"Ela era uma pessoa muito querida, cheia de vida. Até hoje recebo mensagens de conforto", diz Deborah. "Ela era conhecida como Garota Glitter e adorava mudar seu visual, colorir o cabelo", explica a mãe.
Sobre o acidente, a polícia informou que um exame revelou que Jones, o rapaz que conduzia o carro, tinha fumado maconha e bebido (num limite pouco acima do permitido no país para dirigir). A distração ou o sono pode ter causado o acidente. O motorista perdeu o controle do carro e se chocou contra a Mercedes. A mãe diz que não quer saber das causas do acidente — "foi uma fatalidade mesmo" — e ficou traumatizada mesmo com a forma como recebeu a notícia, pelo Facebook.