Uma inglesa de 29 anos ficou desesperada quando encontrou seu bebê, James, que tinha apenas nove semanas, quase sem vida no colo dos pais. A situação ficou ainda mais desesperadora para Gemma Smith, quando, ao levá-lo às pressas para o hospital, ouviu os médicos diagnosticarem o pequeno com uma lesão que "não teria sido causada acidentalmente". As informações são do IG.
Inconformada e disposta a descobrir como o bebê conseguiu um sangramento cerebral - que deixará danos irreparáveis para sempre no filho - ela conta como fez próprio pai da criança admitir ter causado a lesão. “Eu nunca vou poder perdoar o pai de James pelo que ele fez. Estou feliz que gravei sua confissão e isso ajudou a detê-lo”, conta ela em entrevista ao Daily Mail .
Gemma fala que não desconfiou do ex-marido porque John Woollacott, de 51 anos, era um "bom parceiro" e um "bom pai". “Em casa, John era um pai amoroso. Ele trabalhava duro como carteiro, mas aprendeu rapidamente como limpar e trocar James”, pontua.
No dia em que James foi levado ao hospital, ela conta que ouviu a criança chorar e John foi cuidar do bebê, como de costume. No entanto, o choro da criança parecia estranho, diferente do que ela já havia escutado, então ela foi até o marido para ver o que estava acontecendo.
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“Quando entrei na sala vi James deitado no joelho de John. Ele parecia sem vida. 'O que aconteceu?', perguntei desesperada, pegando James em meus braços”. Segundo ela, o então marido apenas reclamou e disse que essa seria a “última vez que levantava cedo com o bebê”.
Ao perceber que o filho não estava bem, Gemma rapidamente chamou uma ambulância e foi levada ao hospital. Lá, James foi submetido a uma série de exames até sair um diagnóstico.
"Um médico nos disse: ‘James tem um sangramento no cérebro. E eu tenho medo que a lesão não tenha sido acidental’. Minha mente cambaleou enquanto ouvia muitos jargões médicos que não entendia, mas a mensagem principal era clara: alguém fez isso com James”, afirma.
Por conta disso, os pais ficaram proibidos de ver o bebê até que uma investigação fosse feita e concluída, para entender o que realmente havia acontecido com o pequeno. A britânica conta que a reação de John foi de lamentar muito e chorar quando soube da notícia.
Confisão
Na volta para casa, o pai chegou a dizer que “não fazia sentido” e que “nada aconteceu”, segundo ela. Mas, mais tarde, ele chegou a dizer que James poderia ter caído do sofá.
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Ao fim daquele mesmo dia John admitiu ter derrubado James no chão, mas disse que foi acidentalmente e estava com muito medo de confessar isso. Compreensiva, Gemma foi com ele até o advogado da família fazer uma declaração de como o pai havia derrubado o filho.
Na cabeça da inglesa, ela esperava que, se os pais fossem honestos, os serviços sociais suspenderiam a proibição de verem o bebê. Para aliviar o estresse até a decisão sair, John havia ido tomar uma bebida com seus companheiros, apenas para relaxar e descontrair por uma hora. “Mas quando ele voltou tarde, pude ver que ele estava bêbado. E então ele disse: ‘Acho que posso ter machucado James. Não tenho certeza, mas acho que o sacudi’”, lembra.
Ao perceber que seu filho havia sido machucado propositalmente, e não sem querer, como John havia dito antes, ela fala que tentou se acalmar e pegou o celular para tentar gravar a confissão. De maneira cuidadosa, ela colocou o aparelho estrategicamente posicionado e capturou todo o depoimento.
Ele admitiu que havia sacudido James naquela manhã e que devia ter sido ele quem o machucou. Horrorizada, Gemma telefonou para o advogado e providenciou que John fosse à delegacia local para fazer uma nova declaração.
“Quando ele voltou para casa mais tarde naquele dia, suas roupas estavam esperando em sacos fora da casa. Machucar James era horrível o suficiente, mas mentir sobre isso era ainda pior para suportar”, conta.
Depois disso, a mãe conseguiu liberação para ver o filho algumas vezes, mas suas visitas eram sempre supervisionadas. “Foram quatro meses de agonia até James poder voltar aos meus cuidados. Em sua curta vida, ele passou mais tempo longe de mim do que comigo. O dia em que ele finalmente voltou para casa foi o mais feliz da minha vida”, afirma.
Apesar de poder voltar para casa, o dano causado a James foi irreparável. O cérebro do filho de Gemma foi danificado e agora ele luta para conseguir responder à funções básicas como a fala. “John ficou chocado quando foi levado para a cadeia, mas foi James quem ficou com uma sentença de prisão perpétua", lamenta a mãe.