Uma família teve a casa invadida em Sertãozinho, interior de São Paulo, na última segunda-feira (26) e diversos aparelhos eletrônicos foram furtados. Alguns deles poderiam colocar em risco a vida de Luiza, que sofre com uma doença rara, pois neles haviam exames, fotos e vídeos da evolução da menina de 6 anos.
O desespero fez com que família fizesse um apelo para que esse material fosse devolvido e o pedido da mãe, Karis Bertuzo, foi atendido no dia seguinte.
De acordo com informações da página "Vem cá Luiza", em 2014, a garota que tinha apenas 3 anos e meio passou por um quadro de infecção e um "esquema" de antibióticos que fizeram com que surgisse um quadro de transtorno de desenvolvimento. Através de uma campanha promovida pela sua família, a menina conseguiu passar por uma transplante de células-tronco. Ao longo desses anos, Luiza apresentou melhoras e tudo estava registrado em equipamentos que foram furtados na segunda-feira (26).
No mesmo dia, à tarde, a família de Luiza divulgou o caso no Facebook e fez um apelo: "Precisamos recuperar os exames da Luiza, as pesquisas de tratamento, material da campanha 'Vem cá Luiza', e os fragmentos do nosso documentário, que será destinado para as outras crianças e para os voluntários".
Karis conta que Luiza passou pelos procedimentos com células-tronco em 2016, 2017 e fará novamente este ano. A resposta da menina ao tratamento tem sido positivo e registrar essa evolução é fundamental. "Ela não conseguia segurar um lápis, tropeçava, seu intestino não funcionada... Hoje ela anda de bicicleta, dança, fala algumas palavras eé independente dentro de casa. Por isso é importante documentar o dia a dia dela e a evolução do tratamento".
Foi então que no final da noite de terça-feira (27) a família foi surpreendida com a devolução do material, intacto.
Karis estava em casa quando alguém bateu no seu portão. Não eram policiais. Em suas mãos foram entregues tablets, notebook, cartuchos, cartão de memória, HD, filmadora e máquna fotográfica, tudo que continha os matérias da campanha de Luiza. A orienção foi clara: conferir o material e divulgar que os equipamentos haviam sido devolvidos. "Foi um momento de tensão, não consegui pensar direito", lembra Karis.
"Agradeci. Não os conheço, mas eles se solidarizaram e entederam que aquele não era um material comum", comemora a mãe de Luiza.