A chuva de meteoros Geminídeas, uma das mais intensas do ano, atingirá seu pico entre a noite desta sexta-feira (13) e a madrugada de sábado (14). Ativo desde o dia 4, o fenômeno terá visibilidade reduzida devido à Lua cheia, que estará com mais de 90% de iluminação, conforme informa o Observatório Nacional.
"A luminosidade lunar atrapalha muito a observação dos meteoros mais fracos, então ficamos restritos aos mais brilhantes e aos bólidos [bolas de fogo]", analisa o astrônomo Marcelo de Cicco.
Marcelo, coordenador do Projeto Exoss, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo e monitoramento de meteoros e parceira do Observatório Nacional, ressalta que, apesar da Lua cheia, ainda será possível ver um bom número de meteoros caso o céu esteja limpo.
Além da Lua cheia, a posição do radiante, ponto de origem dos meteoros, está ligeiramente mais baixa em relação ao hemisfério sul, o que dificulta a observação. No entanto, as regiões Norte e Nordeste poderão ter uma visão mais favorável do fenômeno, desde que as condições climáticas sejam favoráveis, devido à posição do radiante.
As Geminídeas, conhecidas por sua luminosidade e cores intensas, ocorrem anualmente entre 2 e 21 de dezembro. Este ano, o fenômeno poderá ser observado da meia-noite ao amanhecer. Considerada uma das chuvas de meteoros mais intensas do ano, pode atingir até 150 meteoros por hora em seu pico.
Como observar a Geminídeas
Embora as condições não sejam ideais, os meteoros mais brilhantes ainda poderão ser vistos. Astrônomos recomendam buscar locais com pouca poluição luminosa, olhar para longe da Lua e aguardar cerca de 20 minutos para os olhos se adaptarem à escuridão. A melhor visibilidade será após a 1h, sem necessidade de telescópios ou binóculos.