Mais de 5 mil crianças estão à espera por uma família no Brasil

Amor além dos laços sanguíneos

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Os dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) revelam que mais de cinco mil crianças estão à espera da oportunidade de ter uma vida em família no Brasil. No entanto, já são muitas as histórias de famílias que têm uma boa relação de amor e dedicação com os filhos adotivos. São pais que acolhem alguém e dão uma oportunidade de recuperar a confiança nos adultos e reconstruir a fé no futuro. Tudo que esses pais e mães almejam é ter um filho para chamar de seu.

O casal de empresários Marta Rodrigues de Paiva e Ivaldo Carvalho de Paiva, juntos há 23 anos, relatam que desde que se conheceram planejavam ter seis filhos, tiveram três biológicos, mas Marta teve um problema no ovário que a impossibilitou de gerar outros bebês.

A partir disso eles passaram a pensar outras formas de ter mais filhos e, há 4 anos, nasceu a motivação pela adoção.

Ela confessa que, inicialmente, a ideia era adotar uma criança entre 0 a 6 anos de idade, mas com o passar dos anos os dois mudaram completamente a visão e após conhecer o filho aos 11 anos tiveram a certeza de que a questão da idade não era o fator mais importante.

“Nós começamos com o processo de entrar na lista de adoção, passamos por todos os procedimentos, já estamos na lista, mas como existe uma demora, passei a visitar abrigos, procuramos o Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria) para nos orientar de como chegar a conhecer crianças e através do projeto Padrinho Afetivo nós conhecemos crianças e vimos a possibilidade de estar levando crianças um pouco maiores daquilo que pretendíamos e convivemos normalmente como família , dando toda assistência e atenção”, disse.

Assim acabaram conhecendo o filho e há pouco mais de três meses possuem a guarda da criança e esperam a liberação da destituição familiar para legalizar a adoção. “Ele tem uma irmã que está em outro abrigo, nós já tivemos contato com ela, estamos levando para casa nos finais de semana com o propósito de ficar com ela também”, destacou Marta Rodrigues.

Ivaldo de Paiva conta que a opção inicial de buscar por crianças com até no máximo 6 anos de idade foi devido ao pensamento de que o processo de adaptação junto à família seria mais fácil, mas confessa que a ideia não passava de “uma fantasia”. “Nós percebemos que a criança mesmo com 11 anos é possível interagir, compartilhar sentimentos e passar educação para ela. Então essa visão das pessoas de quererem apenas crianças nos primeiros anos de vida não passa de uma ilusão, uma fantasia”, afirmou.

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