A campanha do Boticário do Dia dos Namorados, com casais LGBT, vem provocando reações calorosas, tanto de apoio quanto de repúdio. O mais novo inimigo declarado da empresa é o pastor Silas Malafaia.
O religioso defende que o homossexualismo "é comportamento e não condição" e, por isso, é passível de ser condenado. "Existe uma gama de empresas agora fazendo propaganda da relação gay; eu sou contra e é um direito meu", argumenta.
Para Malafaia, todas as "pessoas de bem" devem se unir contra companhias que apresentam alternativas à "família milenar": "Querem mudar um paradigma da sociedade; é um direito eles quererem mudar. Eu tenho direito de preservar macho e fêmea [como núcleo familiar]. Porque essa é a história da civilização humana. (...) Então, eu quero conclamar, porque nós somos a maioria — as pessoas de bem, que não concordam com essa promoção de homossexualismo através de propagandas, de televisão, de revista — para boicotarem os produtores dessas empresas, como agora o Boticário. Vai vender perfume para gay."
A despeito das críticas, o Boticário não recuou de sua posição firme pró-diversidade e do lado do amor. Em uma resposta firme aos clientes que se queixaram da campanha no site Reclame Aqui, a empresa deixou claro que orientação sexual não pode ser impeditivo para celebrar o amor:
"O Boticário acredita na beleza das relações, presente em toda sua comunicação. A proposta da campanha 'Casais', que estreou em TV aberta no dia 24 de maio, é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor - independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual - representadas pelo prazer em presentear a pessoa amada no Dia dos Namorados."