A semana começou com manifestação na PI-130, que liga Teresina a Palmeirais. Desde as 5 horas da manhã, moradores que residem próximo a PI-130, nos povoados Bom Jardim e Passagem de Santo Antônio, ambos no município de Nazária, impediram a passagem de veículos, bloqueando a rodovia com pedras, troncos de árvores e pneus queimados, manifestando contra a paralisação das obras de asfaltamento da estrada.
Segundo Rodimar Garbin, da coordenação do Movimento Sem-Terra, a ordem de serviço para a obra foi entregue pelo governador Wellington Dias em junho. “De acordo com a ordem de serviço, as obras deveriam ser finalizadas em um ano, mas o governador nos garantiu que dentro de seis meses a obra estaria concluída. No entanto, as obras estão paralisadas e a população já sente os prejuízos causados pela poeira”, ex- plica.
Rodimar acrescenta que apenas 25% dos trabalhos da obra foram feitos e que, com a retirada do asfalto, a poei ra está trazendo sérios ris cos para a população. “A in satisfação é geral. Eles reti raram 6 km de estrada, que está só na piçarra, que faz com que haja uma grande quantidade de poeira. Ne- nhuma satisfação foi dada à população”, justifica, lem- brando que a área paralisa- da da obra é a que é mais povoada, onde moram cerca de 400 famílias.
O prefeito de Palmeirais, Marcos Almeida, foi acompanhar de perto a manifestação. De acordo com ele, a manifestação é justa e a população merece uma resposta em relação à paralisação da obra. “A manifestação é justa. Essas pessoas estão tendo suas vidas prejudica das por conta da paralisa-ção de uma obra. Entrei em contato, pessoalmente, com o governador para que fosse tomada uma providência.
Inclusive, queremos que as caçambas parem de circular nesse trecho enquanto a obra está sendofeita, já que a maior parte da poeira é trazida devido à intensa circulação desses caminhões”, pontua. A decisão de interditar a PI-130 veio depois da realização de duas assembléias com a comunidade, onde foi elaborado um documento contendo as reivindicações da população. Os moradores tentam uma negociação com o Governo do Estado. “Não sairemos daqui até que nos sejam dadas garantias e prazos de finalização da obra. Não podemos admitir esse descaso”, garantem.