Manifestantes fecham ruas do Centro contra a Previdência

O ato mobilizou trabalhadores da rede pública de educação, alunos, representantes de partidos políticos e população em geral em protesto contra a reforma da Previdência Social e em defesa da educação

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Na manhã da terça-feira (13), trabalhadores da rede pública de educação, alunos, representantes de partidos políticos e população em geral paralisaram as atividades em defesa da educação e da Previdência Social em Teresina. 

A manifestação teve início em frente à Praça da Bandeira, centro da capital, e se concentrou em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O ato teve presença do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte-PI), com apoio das Centrais Sindicais e demais movimentos sociais.

Crédito: José Alves Filho

Sinésio Soares, presidente do Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM), reuniu associados na Praça da Bandeira para debater as medidas do governo e explicou o motivo da ação. “O governo retirou o dinheiro destinado à educação para transformar em emendas parlamentares no sentido de comprar votos para que os deputados votassem em primeiro e segundo turno pelo fim da Previdência pública”. 

Para ele, esses anos vão continuar até que as pessoas se deem conta do que pode acontecer com os trabalhadores. “Essa medida vai agora para o Senado e nós vamos pressionar os senadores para que não votem contra a classe trabalhadora. Todos os nossos senadores que votarem a favor,  nós vamos fazer uma campanha permanente contra eles. Estaremos sempre atentos em dar uma resposta nas ruas, nas redes sociais e na justiça”, conta.

Na rua, faixas e cartazes juntavam vários argumentos contra a reforma da Previdência e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Líderes sindicais discursaram em um carro de som e puxaram o coro. A manifestação também ocorre nas outras capitais do país e em cidades do interior desde o começo da semana. 

Os organizadores afirmam que a reforma da Previdência irá retirar direitos dos trabalhadores, eles distribuíram folhetos com as principais mudanças propostas no texto que vai ser votado no Congresso nesta quarta-feira (14). Um dos pontos mais criticados é a mudança da idade mínima. Os manifestantes também seguram cartazes contra os cortes no orçamento da educação. 

Crédito: José Alves Filho

As principais pautas que motivaram a manifestação de hoje são os recentes cortes no orçamento do MEC, promovidos pelo governo vigente. Universidades e Institutos Federais estão entre os mais afetados.

"O 13 de agosto é uma continuação das manifestações e a educação só vem sendo precarizada cada vez mais e com os estudantes na rua conseguiremos barrar cada vez mais isso. Esse novo projeto do Ministério da Educação diminui a autonomia das universidades", expressou a estudante e integrante do movimento Afronte, Brenda Marques, que compareceu ao local.

Um novo bloqueio no orçamento do MEC, no valor de R$ 348 milhões, divulgado na semana passada,    afetará a compra e a distribuição de centenas de livros didáticos que atenderiam crianças do Ensino Fundamental de todo o país.

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