Marcas mais antigas do mundo tem museu em Turim que mostra a evolução da indústria automobilística

Nem todo mundo vê semelhanças entre automóveis e obras de arte.

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Nem todo mundo vê semelhanças entre automóveis e obras de arte, mas uma coisa é fato: um carro pode ser o espelho de uma sociedade. Ele é um indicativo do grau de tecnologia da indústria, de demandas de consumo, da importância dada a preocupações ambientais e muito mais. Portanto, nada mais natural que exista um museu dedicado a ele.

Turim não costuma estar na rota turística da Europa, mas tem uma razão especial para abrigar este museu. A criação data de 1932 e, nesses mais de 80 anos de história, o acervo foi crescendo e se tornando único no mundo. Hoje, a coleção tem mais de 200 modelos do mais alto valor histórico e de diversas origens: França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e muito mais.

A atual sede do Museu do Automóvel de Turim é moderníssima e foi inaugurada em 2011. Projetada pelo arquiteto Cino Zucchi, ela tem três níveis principais. O térreo, também chamado de Piazza, é uma espécie de salão charmoso e futurista. Ele costuma receber eventos como premiações, exposições temporárias, concertos e desfiles de moda, entre outros. Os outros dois andares recebem o acervo permanente do museu.

Crédito: Leonardo Aquino

Segundo andar

A visita começa no segundo andar, onde está a coleção “O Carro e o Século 20”. São 21 salas em uma área de 3600 metros quadrados. Elas contam as origens do automóvel desde seus precursores, como as carruagens puxadas por cavalos. A partir daí, é possível acompanhar a linha evolutiva dos carros. As mudanças no desenvolvimento dos motores, na aerodinâmica e os toques dados pelas grandes potências da indústria (Itália, França e Estados Unidos).

Há também salas repletas de curiosidades, como a dedicada à produção automobilística da extinta Alemanha Oriental. Do lado oeste do Muro de Berlim, as inovações do mundo capitalista não rodavam. Carros com design antiquado, como os utilitários Trabant e Syrena, eram os mais populares.

Crédito: Leonardo Aquino

Primeiro andar

Descendo para o primeiro andar do museu, o visitante chega à área “O Homem e o Carro”. Ela possui oito salas em 3800 metros quadrados e começa contando a relação íntima entre Turim e a indústria automobilística. Uma obra chamada “Autorino” consiste em um mapa da cidade impresso no chão com a localização das mais de 70 montadoras que surgiram ali no início do século 20. Até hoje, Turim é considerada uma das capitais do automóvel, com a presença de centros de excelência em projetos e design.

Há outras salas que mostram o que há por dentro do automóvel: motores, sistemas e tudo o que forma uma espécie de orquestra mecânica. Ainda neste andar, há uma ala dedicada à publicidade e outra dedicada à magia do automobilismo. Modelos originais de carros de corrida de diversas categorias estão lá. A italianíssima Ferrari obviamente é o destaque, com vários modelos que contam diante de seus olhos a história da equipe de Fórmula 1.

Térreo do museu

De volta ao andar térreo, na última parte do percurso, o visitante conhece a área dedicada ao design. Uma única sala de 1200 metros quadrado mostra o trabalho dos projetistas em busca da excelência em vários aspectos: segurança, conforto, mobilidade, velocidade e estilo.

Para quem quer uma experiência ainda mais profunda, o Museu do Automóvel de Turim guarda um tesouro ainda mais valioso. A Garagem, que abriga os carros que não fazem parte da coleção permanente e também uma escola de formação de restauradores. As visitas à Garagem precisam ser pré-agendadas, mas valem cada minuto para colecionadores e curiosos.

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