“Eu senti que estava em extinção. Estar tão perto da morte me fez sentir assim”. A frase foi dita há cinco meses, em junho de 2018, pelo músico Marcelo Yuka, ex-baterista e fundador do grupo O Rappa que morreu neste sábado (19), no Rio de Janeiro, aos 53 anos. A informação foi confirmada na madrugada deste sábado (19), pelo Hospital Quinta D’or, conforme informações do portal G1.
O legado de Marcelo deixou marcas com suas canções escritas como nas "Todo Camburão tem um Pouco de Navio Negreiro", "Me Deixa", "Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero)" e "Pescador de Ilusões.
Marcelo Yuka estava internado em estado grave com infecção generalizada. No último dia 2 de janeiro ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em 2000, o baterista ficou paraplégico após levar um dos nove tiros que sofreu durante uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro.
Apesar das decepções enfrentadas o músico contou ao Folha de S. Paulo que continuaria acreditando nas pessoas.
“Porra, eu levei nove tiros. Fui mandado embora do grupo que eu criei, no momento mais difícil da minha vida, quando estava fisicamente e psicologicamente acabado. Tinha todos os motivos do mundo para não acreditar nas pessoas. Mas, mesmo assim, acredito na gente. O ser humano é falho, especialmente na relação com o poder. Uma mínima sensação de poder já nos ilude”, criticou Yuka.
Natural do Rio, Marcelo Yuka era o nome artístico de Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana. Foi músico, compositor, ativista, político e palestrante brasileiro. Além d’O Rappa, também participou da fundação do grupo F.UR.T.O.