Marcha da Maconha reúne 4 mil em São Paulo

Marcha atraiu mais de 4 mil pessoas

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A Marcha da Maconha atraiu cerca de quatro mil pessoas, segundo a Polícia Militar, em São Paulo, neste sábado (23). Os militantes se concentraram no vão do Museu de arte de São Paulo (MASP) e caminharam até o Largo São Francisco, onde fica a Faculdade de Direito da USP.Com bom-humor, os militantes fizeram o possível para chamar atenção.

De cartazes a adereços pessoais, o que chamou a atenção foi um rolo de cerca de seis metros, feito de origami em papel de seda, para simbolizar um cigarro de maconha aceso.O evento, maior ato em defesa da descriminalização do uso da erva e contra as prisões da guerra às drogas, ocorreu em outras 32 cidades, que participam do “Maio Verde”. Os organizadores do evento informaram que "desconvidaram" a PM, que mesmo assim acompanhou o ato na entrada do Parque Trianon.

Segundo o tenente Markus Castro, comandante da operação, 21 policiais vão acompanhar a Marcha em 18 motos e uma viatura. Mais seis viaturas estão posicionadas próximas ao Parque Trianon.Questionado sobre o que foi acertado com os participantes do ato em relação ao consumo de maconha, o tenente Markus disse que "não tem que fazer acordo porque a lei proíbe". "Não estamos no Masp fiscalizando o grupo para evitar provocações. Como está pacífico, não tem necessidade de ficar no meio. Queremos paz e amor", disse o oficial.

Esta foi a primeira vez da artista performática Julia Zumbano, de 39 anos, na Marcha da Maconha. Ela disse que levou o filho de cinco anos para participar por acreditar que o consumo da maconha deve ser encarado com naturalidade e sem hipocrisia. "Trouxe meu filho para mostrar à sociedade que existem crianças que convivem com o uso medicinal e recreativo. É normal fumar. Maconha sempre existiu, é consumida há quatro mil anos, e sempre vai existir esse que é um vínculo muito grande do ser humano com a natureza", afirmou.

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