Um membro da Marinha britânica foi considerado inocente apesar de ter estuprado uma mulher enquanto ela dormia. Callum Fennel, de 25 anos, respondeu a acusações de estupro e abuso sexual, mas foi inocentado pelo júri em apenas 30 minutos.
Durante o julgamento, o marinheiro de Portsmouth, no sul da Inglaterra, chorou enquanto depunha à Corte. Segundo o oficial, ao estuprar a mulher, estaria "convencido de que estava acordada" e de que "havia consentido ao sexo durante a madrugada". O depoimento aconteceu no início do julgamento, em primeiro de abril de 2016.
Em mensagens trocadas com a vítima depois do ataque, o homem se descreve como “vil e repudiante”. Além disso, ele escreveu à sua mãe, no dia seguinte, dizendo: "transei com ela ontem quando não deveria ter transado”. Ainda assim, o agressor foi liberado e continuará exercendo seu cargo na Marinha.
Em seu depoimento, o marinheiro afirmou que só passou a questionar se a mulher estava ou não acordada quando recebeu mensagens da mãe da vítima ameaçando-o por ter transado com sua filha bêbada e inconsciente.
“Do meu ponto de vista, ela estava acordada e disposta a fazer o que estávamos fazendo”, afirmou o acusado. “Ela sabia o que estava fazendo, e seu corpo respondia ao modo como eu a tocava. Eu a senti querendo que fizesse um pouco mais então comecei a acariciar entre suas coxas e a reação que encontrei mostrava que o que estava fazendo era bem recebido. Ela fazia sons de prazer”.
Quando o juiz perguntou se Fennel transou com a moça sabendo que não havia consentimento, o marinheiro não hesitou ao responder “não”, alegando ter ficado confuso e sem saber o que fazer quando surgiu a dúvida quanto à consciência da mulher.
O Comandante do marinheiro disse à corte que o acusado tem "caráter exemplar apesar de Fennel ser, declaradamente, viciado em sexo", havendo participado de um grupo de apoio no ano passado depois de ser flagrado vendo pornografia.