Com 20 anos de funcionamento, a Maternidade Professor Wall Ferraz, localizada no bairro Dirceu, zona Sudeste, é referência no atendimento às gestantes e recém-nascidos. Um exemplo é que de 2010 até o mês de junho de 2015 nasceram 9.410 crianças naquela maternidade. O dado é do Sistema de Nascidos Vivos – SINASC, do Ministério da Saúde.
Além do atendimento às gestantes com consultas, exames e a realização de partos com a taxa de ocupação em torno de 81%, a maternidade atende os recém-nascidos que precisam de cuidados em leitos intermediários e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Atualmente, funcionam 20 leitos obstétricos e 12 leitos neonatais, mas, com a reforma e ampliação de leitos que estão sendo executadas, essa quantidade será ampliada para 48 leitos obstétricos e 20 leitos neonatais.
A presidente da Fundação Hospitalar de Teresina (FHT), Fátima Garcêz, explica que a reforma, além de ampliar a capacidade de atendimento, vai propiciar um ambiente adequado e humanizado à gestante e ao recém-nascido.
“Estamos empenhados em proporcionar mais qualidade e melhores serviços às pacientes”, diz. Outro serviço é que, ao ter alta da maternidade, a gestante e o recém-nascido têm assegurados, através do sistema de marcação de consultas, a primeira consulta da gestante após o parto e a primeira consulta do recém-nascido para acompanhamento do estado de saúde.
A nutricionista Débora Sobral trabalha no local desde a fundação, e avalia o esforço da gestão e dos profissionais para melhorar os serviços. “Foram muitos avanços no atendimento com a garantia do acompanhante, a humanização e por termos conseguido o título de Hospital Amigo da Criança por ações de melhoria no atendimento”, destaca. Mãe pela primeira vez, Francisca Maria Soares de Abreu, 19 anos, destaca que teve toda a atenção necessária. “Fui atendida pelos médicos, psicóloga e assistente social. Todos me deram as orientações e fui bem atendida por todos”, destaca.
Ações administrativas são compartilhadas
A gestão da maternidade é feita de forma colegiada através do Colegiado Gestor e do GTH (Grupo de Trabalho de Humanização), que reúne representantes dos profissionais e gestores para definirem ações e realizar o monitoramento e avaliação dessas ações.
Outro importante setor da maternidade é a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH, que desenvolve ações de prevenção de infecção de forma a colaborar com a redução da morbidade (doenças) e da mortalidade. A diretora geral da maternidade, Mércia Cassandra, avalia que os trabalhos dessas equipes refletem no melhor atendimento. “Todas as ações diárias, desde a recepção da gestante, até a alta são planejadas para garantir que a mãe e o recém-nascido tenham o melhor atendimento”, diz.
Partos normais aumentaram para 66%
De 2013 a 2015, o número de partos normais vem aumentando, apresentando uma média de 66% partos normais e 34% partos cesáreos, percentuais aceitáveis pelo Ministério da Saúde. Esse percentual é pactuado no Grupo Condutor Municipal da Rede Cegonha de Teresina, que reúne membros da Fundação Hospitalar de Teresina (FHT), Fundação Municipal de Saúde (FMS), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ministério da Saúde e da Maternidade Dona Evangelina Rosa, para planejar ações para gestante e o recém-nascido.
A diretora geral da maternidade, Mércia Cassandra, destaca que os profissionais concentram esforços para incentivar o número de partos normais, por ser recomendado pelo Ministério da Saúde, quando não há a necessidade de cirurgia. No início de 2013, a FHT aumentou a quantidade de profissionais das escalas médicas em todas as maternidades para garantir melhor atendimento. Nos plantões passaram a ter dois obstetras, 2 pediatras, neonatologista e anestesista.
Outro serviço implantado foi o método canguru, que consiste em deixar o bebê prematuro sob os cuidados da mãe com acompanhamento médico. Esse serviço foi avaliado satisfatoriamente pela Rede Brasileira de Pesquisa em Neonatologia – RBPN, que, junto com outras ações, deu ao hospital o título de Amigo da Criança.
Bebês passam por exames de triagem
Contribuem também para a qualidade da atenção à criança a realização de exames de triagem neonatal: coraçãozinho, pezinho e orelhinha, que são realizados logo que o bebê nasce e que servem para detectar precocemente doenças. Garante também aos recém-nascidos prematuros o atendimento oftalmológico com a Retinopatia da Prematuridade (ROP), que identifica casos em que partes do olho não estão desenvolvidas e que se não forem tratadas, podem ocasionar estrabismo e até a cegueira.
Na maternidade, outras ações desenvolvidas são o incentivo do contato pele a pele, favorecendo o vínculo do recém-nascido com a mãe. O incentivo e orientações sobre a amamentação desde a primeira hora de vida e a garantia de acompanhante a todas as gestantes em todos os momentos do parto. A realização de teste rápido de HIV e sífilis, que evita a transmissão da doença da mãe para o filho durante a realização do parto.
A assistente social e coordenadora da Rede Cegonha no município, Iris Amaral, destaca que a classificação de risco gestacional, que garante o atendimento por ordem de prioridade e não de chegada à maternidade, e a expedição do registro de nascimento na própria maternidade também são ações que contribuem para a qualidade do atendimento.