O funkeiro Daniel Pellegrine, o MC Daleste, já tinha se apresentado em Campinas (SP) em outras oportunidades e nunca pedia segurança nos shows, afirmou o produtor que o contratou, Rogério Rodrigues.
O cantor foi morto com um tiro durante uma apresentação no último sábado (6), na cidade.
Rodrigues trabalhava com o cantor havia dois anos.
? Daleste já veio oito vezes cantar aqui em Campinas, na rua, para 20 mil pessoas, e nunca pediu segurança, porque o povo aqui gostava dele. Ele não imaginava que isso ia acontecer. Isso aqui foi uma fatalidade, podia ter acontecido em qualquer lugar.
A assessoria de imprensa do cantor diz que não procede a informação de que MC Daleste não pedia segurança e que "sempre existiu a preocupação com isso".
Na última quinta-feira (11), a polícia de Campinas ouviu 14 pessoas ligadas a Daleste, com o objetivo de traçar um perfil da vítima e saber se o rapaz tinha inimigos. Parentes e amigos voltaram a dizer que ele não tinha desavenças.
A equipe do funkeiro também criticou a falta de segurança no show em que ele foi baleado.
? Vai fazer festa na rua, tem que ter DSV, Polícia Militar, uma ambulância. Num tinha nada disso.
A Polícia Civil de Campinas trabalha com a hipótese de vingança por crime passional ou desavença com rivais ou contratantes. O delegado de Homicídios de Campinas descartou uma inimizade com os organizadores do evento em Campinas como uma possível motivação do crime.
Ouvido ontem, pai o de Daleste, Rolland Ribeiro, afirmou que não acredita na hipótese de crime passional na morte do filho.
? Não acredito [em crime passional], ele tem a mulher dele, estava bem com ela, muito bem.
MC Daleste foi atingido por um tiro no abdome, cerca de dez minutos após o início da apresentação. Ele participava de uma quermesse num condomínio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), no bairro San Martin, periferia de Campinas, quando foi morto, às 22h40 do sábado.