O MEC (Ministério da Educação) afirmou nesta quinta-feira que a nota do Enem deve ser entregue até, no máximo, o dia 5 de fevereiro. Inicialmente, a previsão era para que o resultado fosse divulgado no dia 8 de janeiro, antes de a prova ser adiada devido à denúncia de vazamento de seu conteúdo.
De acordo com a assessoria do ministério, a data é apontada como limite para a entrega das notas, e pode ser antecipada. Apesar disso, a pasta afirma ainda não saber se as universidades precisarão adiar o início das aulas devido à utilização do Enem como processo seletivo ou parte da composição da nota. A prova, que deveria ter sido aplicada nos dias 3 e 4 deste mês, foi reformulada neste ano e será a única forma de seleção em parte das 55 universidades federais. Por causa do adiamento, Unicamp, USP, PUC-SP e a PUC-Campinas decidiram não utilizar a nota do Enem em seu vestibular, em consequência do atraso na entrega da nota do exame.
Após a fraude, o Ministério da Educação rompeu o contrato com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação do Enem. A empresa, porém, nega falhas na segurança. Cinco pessoas foram indiciadas pelo crime, entre eles estão Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Sena --funcionários da Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio A pasta agora negocia a contratação do Cespe e Cesgranrio para realizar o Enem. Além de procurar novas empresas para a realização do Enem, o MEC estuda ingressar na Justiça com pedido de ressarcimento dos cerca de R$ 35 milhões já pagos ao Connasel para a impressão e distribuição da prova do Enem. As entidades terão o apoio dos Correios, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, que atuará na área de inteligência.